Economia

Mercado mantém previsão para inflação em 2009

postado em 27/07/2009 15:21

Mesmo sob a perspectiva de baixa inflação, a maior parte dos analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus manteve as projeções de um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltando o centro da meta, estipulada em 4,5%.

A projeção para o índice divulgada nesta segunda-feira (27/07) foi de 4,53%, a mesma da semana anterior. E vai na contramão do que era esperado por parte do mercado, que acabou surpreendido na última sexta-feira (24/07) pelo IPCA-15 (que contabiliza a inflação do intervalo entre um mês e outro) de julho abaixo do piso do que estimavam economistas, entre 0,35% e 0,40%.

A variação de 0,22% no IPCA-15, divulgado na última sexta-feira, que deveria motivar revisões nas projeções para a inflação, no entanto, acabou não sendo verificada na pesquisa Focus desta segunda-feira. A razão, dizem especialistas, é que não teria dado tempo dos analistas terem refeito os cálculos, já que o Focus é fechado nas sextas-feiras.

Carlos Thadeu Filho, economista-chefe da corretora SLW, um dos que reviu para baixo a inflação deste ano e a do próximo, diz que a tendência é que o próximo relatório Focus deva vir com uma revisão na projeção para a inflação. ;Nosso novo cálculo é de um IPCA, em 2010, de 3,4%, ante (uma projeção inicial de) 4,4%;, disse Carlos Thadeu.


PIB

As projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, permaneceu inalterada para este ano, de recuo de 0,34%. Em 2010, porém, pioraram levemente, passando de um crescimento de 3,60% para alta de 3,50%.

Situação semelhante ocorreu coma a meta de taxa Selic, que é o juro pago pelo governo nas operações com bancos, e que serve de parâmetro para as taxas de juros cobradas em todo o mercado. A previsão de que o corte de 0,5 ponto percentual na Selic da semana passada, que passou de 9,25% para 8,75% ao ano, permaneceu inalterada, indicando que este talvez tenha sido o último corte de juros do Banco Central no ano.

Para 2010, porém, ano em que o governo deverá concentrar esforços na condução da política monetária para eleger a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República, a meta de taxa Selic sofreu uma revisão para baixo, de 9,38% para 9,25%.

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