Economia

Desemprego tem primeiro recuo depois da crise

postado em 29/07/2009 10:31
O desemprego está menor, ou pelo menos começa a recuar após cinco meses sem redução. O nível de desemprego teve uma pequena queda de 0,5 ponto percentual entre junho e maio. A redução não é expressiva percentualmente, mas corresponde a 112 mil desempregados a menos nas seis regiões analisadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) Metropolitana. "Houve um recuo discreto. Esse resultado costuma acontecer nessa época do ano", afirma Sérgio Mendonça, supervisor técnico da pesquisa. O levantamento é realizado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e é composto por três taxas. A primeira é de desemprego aberto, que recuou de 10,9% para 10,5% em junho. A segundo é a de desemprego oculto, que variou 0,1 ponto percentual para baixo entre os dois meses. A última, é a taxa de participação, que passou de 61,2% para 61,0%. " O PED ainda mostra que o desemprego está menor em todas as regiões observadas, com a exceção de Belo Horizonte (MG), onde permaneceu estável. "O nível de ocupação apresentou movimentos regionalmente distintos: aumentou em Recife (1,3%), Distrito Federal (0,7%), Salvador (0,6%) e Porto Alegre (0,5%); pouco variou em São Paulo (0,3%) e não se alterou em Belo Horizonte", diz um trecho da pesquisa. O setor que mais empregou foi o comércio (80 mil ocupações), seguido por indústria (25 mil), serviços (22 mil) e construção civil (9 mil). "O emprego está resistindo a uma situação negativa. Mantendo um nível de sustentação. Esse resultado em período de crise é relativamente bom", avalia Sérgio. Os salários também acompanharam a variação e registraram incremento de 0,4%, resultado apoiado no pequeno crescimento do emprego e no aumento de pessoas com carteira assinada frente os trabalhadores sem o documento. O grupo dos sem carteira ficou 2,3% menor, enquanto os com carteira 1,3% maior. "O rendimento médio real dos ocupados diminuiu em São Paulo (2,1%,passando a valer R$ 1.230), Porto Alegre (1,7%, R$ 1.188) e Distrito Federal (1,0%, R$ 1.826), manteve-se praticamente estável em Recife (-0,2%, R$ 724) e Salvador (-0,1%, R$ 993) e apresentou pequeno crescimento em Belo Horizonte (0,7%, R$ 1.194)", mostra outro trecho do levantamento.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação