Economia

Bovespa recua quase 2%; dólar é vendido a R$ 1,90

postado em 29/07/2009 15:22
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera na tarde desta quarta-feira (29/7) com queda, seguindo o mercado americano e atingida pelo forte recuo no preço das commodities. Nem mesmo os dados macroeconômicos locais positivos divulgados pela manhã ajudaram a inverter o mau humor dos investidores. Às 14h59 (em Brasília), o Ibovespa (Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista) operava com recuo de 1,73%, para 53.527 pontos, com giro financeiro de R$ 3,041 bilhões. Já o dólar comercial subia 1,22%, vendido a R$ 1,905. O mercado local segue o movimento de realização de lucros já visto ontem, após o Ibovespa ter atingido na segunda-feira o seu nível mais alto desde o início de setembro do ano passado. O pretexto para a queda vem do exterior. Os investidores nos Estados Unidos repercutem negativamente os dados de pedidos de bens duráveis no país, que recuou 2,5% em junho. O índice Dow Jones recua 0,67%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,79%. Resultados corporativos também não vieram com boas notícias: os lucros da Time Warner e da General Dynamics recuaram, enquanto a Sprint Nextel e a ArcelorMittal tiveram prejuízos no segundo trimestre. O mercado acionário local recua com mais força em Wall Street porque a queda no preço das matérias-primas tem maior peso aqui do que lá, já que algumas das empresas com maior movimentação na Bovespa são produtoras de commodities - casos, por exemplo, da Petrobras, da Vale e das siderúrgicas. As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, por exemplo, recuam 3,41% e 2,48%, respectivamente. Já as preferenciais classe A da Vale perdem 1,94%. Entre as ações listadas no Ibovespa, as maiores baixas são de VCP PN (2,83%), Telemar PN (2,69%) e Cemig PN (1,86%). Já as maiores baixas são de TAM PN (-5,45%), Cyrela ON (-3,68%) e Gol PN (-3,66%). O mercado local recua mesmo com uma série de dados macroeconômicos positivos divulgados hoje. O destaque fica para a sétima alta seguida da confiança da indústria no mês de junho. O ICI (Índice de Confiança da Indústria) cresceu 6,2%, chegando a 99,4 pontos, maior nível desde outubro de 2008 (104,4 pontos), segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). Além disso, a taxa de desemprego caiu para 14,8% em junho, ante 15,3% em maio, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e a produção industrial no Estado de São Paulo avançou 2% entre maio e junho, segundo a Fiesp.

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