Economia

Supermercados revisam para cima previsão de crescimento

postado em 29/07/2009 16:24
O setor supermercadista comemora o resultado de vendas no primeiro semestre do ano e revisa para cima estimativas de crescimento do setor em 2009. No acumulado do ano, a alta das vendas é de 5,27%, mas na comparação de junho com maio houve queda de 5,59%, causado por um efeito sazonal. Mesmo com o recuo mensal, a taxa registrada em junho conseguiu superar a do mesmo período em 2008, o incremento foi de 4,83%. O levantamento é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os números surpreenderam o setor, que projetava crescimento de 2,5% em 2009. Com o bom resultado, a estimativa foi elevada em dois pontos percentuais. "As vendas no primeiro semestre continuaram em um patamar elevado, principalmente em comparação a um cenário econômico ainda de recuperação. Os brasileiros mantiveram como prioridade as compras de alimentos para proporcionar à família uma mesa farta em tempos de incerteza", afirma o presidente da Abras, Sussumu Honda. A instituição divulga mensalmente uma série de índices sobre o setor supermercadista, dentre eles, o Índice de Vendas da Abras, que no mês ficou negativa em 5,25%, mas no acumulado do ano, obteve alta de 11,04%. "Isso nos deixa otimistas para revisar para cima a expectativa de vendas para o setor em 2009", avalia Sussumu Honda. Que acredita em um segundo semestre ainda melhor por conta das celebrações de fim de ano, um dos melhores períodos para o comércio. O volume de vendas também cresceu. Alta de 2,1% nos primeiros seis meses do ano. Para a Abras, o resultado só foi positivo por conta de preços mais estáveis. No mesmo período em 2008, o volume de vendas ficou próximo de zero. O leite é o vilão O índice AbrasMercado de junho, que avalia o preço de uma cesta de 35 produtos de maior consumo, apresentou alta de 0,37% frente a maio. Em 12 meses, a elevação foi de 4,71%, o que levou a cesta de R$ 253,52 para R$ 265,57. O leite foi o vilão da taxa, refletindo as acelerações que o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Getúlio Vargas, tem demonstrado no decorrer deste ano. O leite tipo longa vida, teve um incremento de 12,43%, o queijo mussarela, 6,62% e o queijo prato, 6%. "Como em 2008 houve uma queda no preço do leite, a consequência foi a redução de investimentos na produção em 2009, o que diminuiu a oferta de leite no mercado", explica Sussumu. "Os produtores também estão buscando uma recuperação de suas margens", emenda.

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