Economia

Investimento das empresas retornam ao patamar de 2006, diz Serasa

postado em 03/08/2009 11:31
Os investimentos das empresas atingiu, em 2008, seus recorde histórico, após crescimento gradativo. Neste ano, impactadas pela crise financeira, as companhias reduziram seus investimentos aos patamenres de 2006, segundo pesquisa da Serasa. [SAIBAMAIS]O estudo considera investimentos em novas tecnologias, novas plantas e também na ampliação das já existentes para fazer frente ao aumento da demanda, sendo que o indicador de investimentos em imobilizado atingiu seu ápice em 2008 (10,1%), recorde histórico da série. No entanto, com a retração ocasionada pela crise financeira mundial nos três primeiros meses de 2009, houve redução deste índice para 8,4%, demonstrando que as empresas estão cautelosas, aguardando a estabilização do nível de atividade do país. As prestadoras de serviços que, segundo a Serasa, historicamente já se destacam nesse aspecto, dentre os setores da economia, investiram no primeiro trimestre de 2009 11,7%, ante 14% ao longo de 2008. Neste setor, as empresas de saneamento alocaram recursos para a expansão e a criação de sistemas de abastecimento de água e esgoto sanitário. As de energia, por sua vez, destinaram investimentos na ampliação do seu sistema elétrico e as de telefonia, em infra-estrutura para dar suporte ao programa de portabilidade. As incertezas quanto à duração e a intensidade da crise levaram a indústria a reduzir seus investimentos de 9,4% em 2008 para 6,3% nos três primeiros meses de 2009. O segmento de alimentos destinou recursos na expansão e melhoria da capacidade instalada de produção, já as siderúrgicas desembolsaram recursos com reparos e atualização de plantas e o setor de papel e celulose na manutenção de suas florestas. As empresas que atuam no comércio usualmente não apresentam grandes montantes aplicados em investimento, mas sim, na manutenção de sua atividade e, assim como nos demais setores, mostraram-se conservadoras atingindo índice de 1,9%, frente 2,4% do ano anterior. Destaca-se o comércio de gêneros alimentícios, que manteve os investimentos voltados para a abertura e modernização de seus pontos de venda. Segundo a Serasa, as empresas, de maneira geral, estão se resguardando e reavaliando seus planejamentos, "uma vez que o momento não é propicio a grande alocação de recursos em investimentos". A pesquisa ressalta que, se os recursos forem próprios, "poderão fazer falta frente às necessidades adicionais de caixa que possam surgir enquanto perdurar o período de instabilidade da economia, por outro lado, recorrer a recursos onerosos irá implicar em aumento direto no endividamento podendo comprometer a saúde financeira das empresas".

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