postado em 03/08/2009 16:11
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera nesta segunda-feira (3/8) em forte alta, passando dos 56 mil pontos, enquanto a cotação do dólar comercial está em baixa. Ambos têm níveis recordes desde setembro do ano passado.
Às 15h31 (em Brasília), o Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista (Ibovespa) operava em alta de 2,47%, para 56.120 pontos, com giro financeiro de R$ 3,235 bilhões. Já a moeda americana era vendida a R$ 1,833, com recuo de 1,71%.
[SAIBAMAIS]Os investidores em todo o mundo vão às compras depois que Estados Unidos e China trouxeram dados macroeconômicos positivos hoje. Em Wall Street, o índice Dow Jones sobe 1,28%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,36%.
No país asiático, o índice de atividade industrial apresentou alta em julho. Já nos EUA, os gastos na construção cresceram 0,3% no mês passado, enquanto analistas esperavam queda de 0,5%, e o índice de atividade industrial apresentou melhora ante junho.
Os ganhos são sustentados principalmente pelo bom desempenho das principais ações negociadas na Bolsa, as preferenciais da Petrobras e as preferenciais classe A da mineradora Vale. A primeira avança 3,2%, enquanto que a segunda tem ganho de 2,46%. Elas são beneficiadas pelo avanço do preço das commodities. O índice CRB, uma cesta de preços de matérias-primas, avança 3,59%. Já o preço do petróleo em Nova York tem alta de 3,68%, ultrapassando a barreira dos R$ 70 por barril.
Por aqui, os investidores também observam os dados da produção industrial - que, segundo o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,2% entre maio e junho, mas apresentou no primeiro semestre o pior desempenho desde o início da série histórica iniciada em 1975, com queda de 13,4%.
Mais cedo, o Banco Central divulgou a pesquisa semanal Focus, que mostrou que os analistas de mercado aumentaram novamente a previsão de queda do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) para este ano, de 0,34% para 0,38%. A pesquisa ainda trouxe uma melhora em relação aos indicadores de inflação. A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 4,53% para 4,50% --em cima da meta do governo.