postado em 03/08/2009 16:58
O dólar comercial encerrou o dia com uma nova queda, a terceira seguida, e tem a menor cotação desde o final de setembro do ano passado, fruto do bom humor nos mercados globais. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se aproveita deste otimismo e opera com forte alta.
[SAIBAMAIS]A moeda americana fechou vendida a R$ 1,836, com recuo de 1,55%. Nem mesmo a atuação do Banco Central no mercado mexeu com a cotação. A autoridade monetária realizou um leilão de compra por volta das 15h, e adquiriu a moeda com taxa de corte de R$ 1,8314.
Já o Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista (Ibovespa) operava em alta de 2,36% às 15h34 (em Brasília), para 56.058 pontos, com giro financeiro de R$ 3,838 bilhões Os investidores em todo o mundo vão às compras depois que Estados Unidos e China trouxeram dados macroeconômicos positivos hoje. Em Wall Street, o índice Dow Jones sobe 1,18%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,26%.
No país asiático, o índice de atividade industrial apresentou alta em julho. Já nos EUA, os gastos na construção cresceram 0,3% no mês passado, enquanto analistas esperavam queda de 0,5%, e o índice de atividade industrial apresentou melhora ante junho.
Os ganhos são sustentados principalmente pelo bom desempenho das principais ações negociadas na Bolsa, as preferenciais da Petrobras e as preferenciais classe A da mineradora Vale. A primeira avança 3,05%, enquanto que a segunda tem ganho de 2,22%. Elas são beneficiadas pelo avanço do preço das commodities. O índice CRB, uma cesta de preços de matérias-primas, avança 3,42%. Já o preço do petróleo em Nova York tem alta de 2,96%, ultrapassando a barreira dos R$ 70 por barril.
Por aqui, os investidores também observam os dados da produção industrial - que, segundo o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,2% entre maio e junho, mas apresentou no primeiro semestre o pior desempenho desde o início da série histórica iniciada em 1975, com queda de 13,4%.
Mais cedo, o Banco Central divulgou a pesquisa semanal Focus, que mostrou que os analistas de mercado aumentaram novamente a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para este ano, de 0,34% para 0,38%. A pesquisa ainda trouxe uma melhora em relação aos indicadores de inflação. A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,53% para 4,50% --em cima da meta do governo.