postado em 04/08/2009 08:41
Os preços no atacado na zona do euro tiveram em junho uma queda de 6,6% em relação ao registrado um ano antes. Trata-se da maior queda desde que as medições da União Europeia começaram em 1996, informou nesta terça-feira (4/08) a Eurostat, a agência europeia de estatísticas.
[SAIBAMAIS]Na comparação com maio, o índice de preços ao produtor nos 16 países que compõem a região de circulação da moeda comum teve alta de 0,3%.
Economistas consultados pela Reuters aguardavam uma alta ligeiramente menor, de 0,2%, na base mensal e, na comparação anual, o resultado ficou em linha com o esperado.
Na semana passada, a Eurostat divulgou a primeira estimativa do índice de preços ao consumidor nos países da zona do euro para o mês de julho. O indicador mostrou deflação (taxa anualizada) de 0,6% (0,5 ponto percentual abaixo da de junho). Trata-se do segundo mês consecutivo de queda no indicador.
Em junho do ano passado, a zona do euro lidava com um problema diferente: a inflação à época havia atingido a marca de 4%, a maior já registrada para a região. No dia 30 de junho de 2008, o BIS (Banco de Compensações Financeiras, na sigla em inglês) recomendava uma altas nas taxas de juros diante da ameaça de descontrole da inflação.
O BIS alertava à época que "os riscos de inflação são os mais sérios dos últimos anos".
A zona do euro é atualmente formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta e Portugal. A União Europeia inclui, além destes, Bulgária, Dinamarca, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia, Estônia, Lituânia e Letônia.