Economia

Agroindústria ajudou a sustentar desempenho da economia do Centro-Oeste, aponta BC

postado em 04/08/2009 13:40
O Boletim Regional, divulgado nesta terça-feira (4/08) pelo Banco Central, revela que a continuidade das vendas externas da agroindústria no Centro-Oeste "sustentaram as exportações e exerceram desdobramentos favoráveis sobre o desempenho do mercado de trabalho, da indústria e do comércio". [SAIBAMAIS]Um dos destaques é a expansão da cultura de cana-de-açúcar, "que impulsiona a demanda por bens de capital [máquinas e equipamentos] para a produção de álcool e contribui para a continuidade da geração de empregos na indústria de transformação e para o fortalecimento do mercado interno". Segundo o boletim, a região é impulsionada pelos ganhos reais na atividade produtiva, pelas medidas anticíclicas (estímulos fiscais e redução dos juros básicos) do governo e pela retomada das operações de crédito. A publicação do BC é divulgada a cada três meses com o estudo sobre a situação econômica de cada região. No Sudeste, o BC considera que "a recuperação experimentada pela economia no segundo trimestre de 2009 esteve associada, fundamentalmente, ao impacto proporcionado pelas medidas anticíclicas adotadas pelo governo nos últimos meses". De acordo com o relatório, essa evolução sugere que o processo de recuperação dos impactos da crise poderá ocorrer de forma mais rápida que o esperado inicialmente e se refletiu na retomada registrada na atividade varejista e, principalmente, na indústria. O documento revela que a atividade econômica foi impulsionada pelas "melhores condições no mercado de crédito e pelo maior dinamismo dos segmentos veículos e materiais de construção". No Sul, "o maior dinamismo das atividades industrial e varejista impulsionou a evolução recente da economia". A recuperação da economia, nessa região, ocorre apesar do "desempenho negativo da agricultura, fortemente afetado por problemas climáticos". Os técnicos adotam o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) para realizar o estudo. O IBCR da região Norte foi o único que recuou. A queda foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando o recuo foi de 3,9% no mesmo tipo de comparação. No Centro-Oeste, houve estabilidade no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro (queda de 0,6%). No Sudeste, houve aumento do índice de 1,7%, em relação trimestre encerrado em fevereiro ( recuou de 5,3%). No Sul, o crescimento foi de 1,4% em maio, na comparação com o dado de fevereiro (recuo de 5%).

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