A inflação para famílias de baixa renda cresceu 0,10 ponto percentual em julho. A variação mensal ficou em 0,24%. O Índice de Preços ao Consumidor ; Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para essas famílias mensalmente, teve como vilão de julho a tarifa de eletricidade.
Em agosto, a inflação ainda será puxada, principalmente, pelas tarifas públicas, só que a vez será da telefônia fixa. Neste mês, ocorre o reajuste nacional, esperado entre 1% e 2%. O preço dos derivados do trigo, como o pão francês, também devem colaborar para acelerar a inflação.
Em julho, se não houvesse o reajuste da eletricidade, o IPC-C1 teria registrado variação de 0,09%, abaixo da marca de junho (0,14%). "Essa alta não interrompe a desacelaração do índice. Ocorre por força de contrato, de reajsute nas tarifas", afirma o pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz.
"Em agosto, teremos aumento de água e esgoto no Rio de Janeiro, aumento de 6% que já está em vigor. Além da telefonia fixa em todo o Brasil", completa.
Impulso
Os reajustes nas tarifas públicas serão o principal impulso para acelerar o IPC. Outro fator que vai colaborar com a alta serão os derivados do trigo. Pão francês, biscoito, macarrão e farinha de trigo devem apresentar alta, itens importantes para a cesta das famílias de baixa renda.
Com esses pontos de pressão no custo de vida, a estimativa da FGV é de que o índice termine agosto com variação positiva de 0,30%.