postado em 10/08/2009 12:21
Após iniciar o dia com leve queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia a tarde desta segunda-feira (10/08) em terreno positivo, puxado pela previsão de recuperação da economia global e pela alta no preço das commodities. Já o dólar comercial apresenta alta de mais de 1%.
[SAIBAMAIS]Às 12h21 (em Brasília), o Ibovespa (Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista) operava com avanço de 0,41%, para 56.560 pontos, com giro financeiro de R$ 1,631 bilhão. A moeda americana, por sua vez, subia 1,09%, vendida a R$ 1,842.
Como não está previsto a divulgação de nenhum dado macroeconômico relevante nos Estados Unidos, o mercado começou o dia buscando a realização dos lucros obtidos na semana passada, quando o Ibovespa acumulou ganho de 2,86% e consolidou-se na casa dos 56 mil pontos.
Porém, não durou muito. A sensação de que a economia global está em recuperação domina o mercado, especialmente após a divulgação dos dados de desemprego nos Estados Unidos. "Fica sinalizado que a recessão deve ter terminado nos EUA ao final do segundo trimestre, e que o PIB [Produto Interno Bruto] voltará a apresentar expansão a partir do terceiro trimestre de 2009", avaliou Silvio Campos Neto, economista do banco Schahin.
O bom humor faz inclusive com que a Bovespa se descole das Bolsas americanas, onde o movimento de realização de lucros ainda predomina. O índice Dow Jones recua 0,16%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,19%.
No Brasil, o destaque fica para a revisão para baixo nas previsões do mercado local para a inflação, segundo a pesquisa semanal Focus, do Banco Central. A média das previsões para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2009 caiu de 4,5% para 4,4% - ficou assim abaixo da meta proposta pelo governo, que é de 4,5%. Além disso, o mercado melhorou a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) de -0,38% para -0,35%. Para 2010, a previsão de crescimento ficou em 3,60%.
Entre as ações listadas no Ibovespa, as maiores altas são das ordinárias da B2W (5,16%), das ordinárias da Embraer (5,1%) e das preferenciais classe B da Aracruz (4,41%). Já as maiores baixas são das ordinárias da Light (-4,67%), das ordinárias da Redecard (-1,61%) e das preferenciais classe B da Eletrobrás (-1,25%).