postado em 10/08/2009 16:37
As vendas de combustíveis no primeiro semestre ficaram estáveis ante igual intervalo de 2008, informou nesta segunda-feira (10/8) a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a agência, as vendas tiveram variação positiva de 0,3% no período. O crescimento quase nulo foi influenciado pela redução no consumo de óleo diesel e pela continuidade da expansão das vendas de álcool.
[SAIBAMAIS]Produto mais vendido no mercado, o óleo diesel teve redução de 4,8% frente ao primeiro semestre do ano passado, para 20,7 bilhões de litros. Já as vendas de álcool cresceram 17,7% - inluindo álcool hidratado (puro) e o álcool anidro, que é adicionado à gasolina - para 10,7 bilhões. Somente as vendas de álcool hidratado subiram 26,5%.
Para o superintentende de abastecimento da ANP, Edson Silva, a estabilidade dos preços foi decisiva para a manutenção do mercado, a despeito da crise. "O álcool ficou ainda mais barato, e vai se firmando como o principal combustível do ciclo Otto [gasolina, álcool ou gás natural veicular]. A gasolina vai se firmando como o autêntico combustível alternativo", disse.
As vendas de gasolina totalizaram 12,1 bilhões de litros, com variação positiva de apenas 0,1%. Já o consumo de óleo combustível teve retração de 8,6%, para 2,3 bilhões de litros, e as vendas de querosene de aviação recuaram 0,8%, ficando em 2,5 bilhões de litros. As vendas de GNV (gás natural veicular), por fim, caíram 13,8%, atingindo 5,7 milhões de metros cúbicos ao dia.
O vice-presidente executivo do Sindicom (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes, que reúne distribuidoras que representam cerca de 80% do mercado), Alisio Vaz, comentou que o mercado vem se recuperando do baque do final do ano passado em função da crise e já começa a retomar níveis de venda de antes de setembro do ano passado.
Ele projetou que o mercado deve ter desempenho semelhante ao de 2008, com possibilidade de ligeira expansão puxada pelo álcool. "Houve uma grande melhora em relação ao que era observado no quarto trimestre do ano passado. O mercado está um pouco acima do nível pré-crise", apontou.