Economia

Bolsas europeias fecham em queda com perdas entre bancos e mineradoras

postado em 11/08/2009 14:26
As Bolsas de valores da Europa terminaram em queda nesta terça-feira (11/08), após a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos que decepcionaram os investidores. Papéis ligados a commodities e do setor bancário foram os que mais pressionaram o mercado. [SAIBAMAIS]A Bolsa de Londres fechou em queda de 1,08% no índice FTSE 100, aos 4.671,34 pontos; a Bolsa de Paris teve baixa de 1,38% no índice CAC 40, para 3.456,18 pontos; a Bolsa de Frankfurt perdeu 2,44% no índice DAX, para 5.285,81 pontos; a Bolsa de Madri fechou com queda de 0,78%, indo para 1.129,71 pontos no índice Madrid General; e a Bolsa de Zurique fechou em baixa de 0,96%, com 5.949,98 pontos no índice Swiss Market. O índice FSTEurofirst 300, referência das principais ações europeias, caiu 1,31%, para 932 pontos, registrando perdas pelo segundo dia consecutivo depois de atingir o maior patamar de fechamento em mais de nove meses na sexta-feira (7). "Nós tivemos uma dupla de dados macroeconômicos que não agradou o mercado. As despesas trabalhistas e a produtividade nos Estados Unidos estão preocupando (...) elas simplesmente indicam que há restrições enormes ao consumidor, que supostamente deveria nos tirar [da recessão]", disse o estrategista Heino Ruland, da Ruland Research. "A indústria está apenas reduzindo custos em todo lugar (...) significa que a demanda final pode não ser forte o suficiente", acrescentou. O segmento bancário registrou as maiores quedas dentro do FSTEurofirst 300. O Natixis perdeu 17,7% após o banco BCPE ter informado ao órgão regulador do mercado francês AMF que não planeja retirar as ações do banco da Bolsa. Papéis ligados a commodities apresentaram perdas, com o recuo de 2,4% no preço do petróleo e de 0,7% do cobre em meio a preocupações com a demanda. A petrolífera BP retrocedeu 0,6%, enquanto as mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton caíram 1,6% e 1,5%, respectivamente. O custo unitário do trabalho nos Estados Unidos, referência para inflação e pressões de lucro monitorado de perto pelo Federal Reserve, encolheu 5,8%, maior declínio desde o segundo trimestre de 2000. A produtividade do país fora do setor agrícola subiu no segundo trimestre no ritmo mais rápido em seis anos. Investidores também se mostraram desanimados com a notícia de que os estoques no atacado dos EUA diminuíram 1,7% em junho - décima queda mensal consecutiva -, segundo o Departamento de Comércio.

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