postado em 12/08/2009 11:26
As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas pelo sexto mês consecutivo, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
[SAIBAMAIS]Para pessoa física, das seis linhas de crédito pesquisadas, somente o cartão de crédito manteve inalterada suas taxas de juros, sendo que as demais linhas de crédito tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,05 ponto percentual no mês (1,29 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 0,69% no mês (0,98% em doze meses) passando de 7,26% ao mês (131,87% ao ano) em junho para 7,21% ao mês (130,58% ao ano) em julho, sendo esta a menor taxa de juros média desde dezembro de 2007.
Para pessoa jurídica, todas as linhas de crédito pesquisadas foram reduzidas no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,06 ponto percentual no mês (1,11 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma redução de 1,46% no mês (1,78% em doze meses) passando de 4,12% ao mês (62,33% ao ano) em junho para 4,06% ao mês (61,22% ao ano) em julho, sendo esta a menor taxa de juros média desde dezembro de 2007.
Para o coordenador do trabalho e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, estas reduções no mês de julho podem ser atribuídas à redução da taxa básica de juros (Selic) bem como à melhora no cenário econômico.
"A pesquisa deste mês demonstra o retorno das condições de crédito anteriores à crise em setembro de 2008, tanto no alongamento dos prazos dos financiamentos bem como na redução dos juros das operações de crédito", afirmou Miguel de Oliveira.
Para ele, as taxas de juros das operações de crédito bem como as condições de crédito (ampliação dos prazos, aumento do volume emprestado, maior flexibilidade) deverão melhorar neste segundo semestre porque o pior da crise já passou, deveremos ter novas reduções da Selic, o que levará as instituições financeiras a emprestar mais, provocando maior competição no mercado e o menor risco da inadimplência.
Ele destaca que o consumidor brasileiro vai conviver daqui para frente com uma situação nova: reduções dos juros das operações de crédito em patamares superiores às quedas da taxa básica de juros.