Economia

Dólar fraco tem impacto negativo de R$ 3 bi para Petrobras

postado em 14/08/2009 18:41
A valorização do real frente ao dólar resultou em um impacto negativo de R$ 3,1 bilhões no resultado da Petrobras no primeiro semestre deste ano, disse nesta sexta-feira o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa. [SAIBAMAIS]Segundo ele, as maiores perdas foram observadas no segundo trimestre, quando somaram cerca de R$ 2,5 bilhões. A Petrobras perde com a valorização do real porque boa parte de seus ativos no exterior perdem valor quando são convertidos para reais. O ativo da Petrobras é maior que seu passivo em moeda estrangeira, e isso impacta diretamente no lucro. "A valorização do real faz com que nossos ativos no exterior percam valor, quando convertidos para reais. As perdas com o câmbio foi fortemente concentrada no segundo trimestre", afirmou o executivo. Barbassa atribuiu o aumento do lucro em 33% do resultado da Petrobras no segundo trimestre ao aumento da produção e ao aumento do preço do barril do petróleo no mercado internacional. O custo do petróleo, por outro lado, foi decisivo também para que o lucro no semestre caísse 20%, se comparado a igual período em 2008. "O resultado mostra uma tendência muito positiva que vinha sendo observada desde o início do ano, com recuperação dos preços e aumento da produção", observou Barbassa, que acrescentou que a Petrobras ganhou R$ 1,460 bilhão com a venda de estoques com preços menores no segundo trimestre. Sobre a produçao da empresa, Barbassa comentou que o aumento da produção de novas plataformas que entraram em produção no primeiro semestre, como a P-51 e a P-53, faça com que a meta prevista paa 2009, cuja média é de 2,050 milhões de barris/dia em campos nacionais, seja atingida. O executivo afirmou ainda que é possível que a previsão de investimentos de R$ 60 bilhões prevista para 2009 seja ultrapassada, devido à necessidade de encomendas de novos equipamentos, principalmente na área do pré-sal. No primeiro semestre, os investimentos da estatal somaram R$ 32,5 bilhões. "Já ultrapassamos a metade. E estamos contratando sondas que não estavam previstas. Nesse ritmo, é possível, sim, que essa projeção seja superada", explicou.

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