postado em 17/08/2009 19:13
Os representantes do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Bradesco, Itaú, Santander, da Caixa RS, do BRDE e InvestRio assinaram nesta segunda-feira (17/8) o memorando de adesão ao primeiro Fundo Garantidor para Investimentos (BNDES FGI).
[SAIBAMAIS]Os FGIs foram criados pela Medida Provisória 464, de junho deste ano, como entidades de natureza privada, ou seja, com patrimônio próprio. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), isso significa que o fundo não estará sujeito a contingenciamento orçamentário, o que o torna mais flexível. "Ele é um fundo público de natureza privada, o que significa que não é passível de contingenciamento", disse o vice-presidente do BNDES, Armando Mariante.
O BNDES FGI entrará em operação no fim deste mês, com recursos iniciais de R$ 680 milhões, dos quais R$ 580 milhões oriundos do Tesouro Nacional e R$ 100 milhões do BNDES. "Como se espera uma alavancagem de até 12 vezes, nós estamos falando de algo em torno de R$ 8 bilhões (em empréstimos), que é um montante bastante expressivo para um primeiro movimento, sobretudo tratando-se de MPEs (micros e pequenas empresas)", afirmou.
O novo fundo facilitará o acesso ao crédito pelas micro, pequenas e médias empresas. Ele oferecerá garantias para financiamento, também, a caminhoneiros autônomos e microempreendedores individuais, ambos pessoas físicas.
Para repassar o dinheiro do fundo, os agentes financeiros terão de aportar recursos equivalentes a 0,5% do valor das garantias que pretendem contratar, explicou Mariante. Significa que para emprestar R$ 100 milhões, por exemplo, deverão ser aportados pelo agente R$ 500 mil.
O BNDES FGI é operado pelo BNDES e tem como essência a transferência do risco de crédito da empresa para si próprio, informou o vice-presidente do banco. Ele explicou ainda que o fundo "garante a eventual inadimplência de uma empresa que obteve crédito do BNDES".
O novo fundo vai garantir até 80% do risco de crédito de operações de repasse do banco às micro e pequenas empresas, com um custo máximo de 0,15% ao mês. Dessa forma, o BNDES contribui para eliminar um dos principais entraves ao financiamento às empresas de pequeno porte, que é a dificuldade de apresentarem garantias.