Economia

Executivo do UBS condenado a 3 anos e quatro meses de prisão nos EUA

Agência France-Presse
postado em 21/08/2009 13:58
Um cidadão americano que trabalhava para o banco suíço UBS foi condenado nesta sexta-feira (21/08) a 3 anos e quatro meses de prisão por ter ajudado clientes americanos a fraudar a receita federal, anunciou o departamento da Justiça. [SAIBAMAIS]Bradley Birkenfeld se declarou culpado de conspirar para fraudar o fisco dos Estados Unidos em 19 de junho de 2008. A confissão do informante permitiu ao governo americano estabelecer as provas para o multimilionário caso de evasão fiscal contra o UBS, o maior banco suíço. Esta semana os Estados Unidos e o UBS chegaram a um acordo através do qual o banco suíço vai liberar o acesso aos dados de 4.500 clientes americanos para as autoridades de Washington. Este acordo encerra o procedimento iniciado em fevereiro pelo ministério da Justiça americano para obter a identidade de 52 mil americanos titulares de contas no UBS na Suíça. Segundo responsáveis do fisco, os que quiserem participar deste programa voluntário de divulgação dos fatos evitarão assim perseguições penais e obterão uma multa mais leve. De acordo com um comunicado do IRS, o acordo fornece ao fisco americano um nível de informação sem precedente sobre os cidadãos americanos titulares de contas no UBS. Este caso começou como um simples assunto entre uma empresa e a Receita Federal e acabou virando um problema de Estado. O UBS tentou resolver seu problema com a Receita americana aceitando pagar US$ 780 milhões em multas e entregar os nomes de centenas de clientes, pois, segundo a imprensa americana, o grupo preferia pagar uma pesada multa a renunciar de vez ao segredo de suas contas. O banco suíço afirmava que não podia revelar as informações porque representaria uma violação da lei suíça sobre sigilo bancário.

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