postado em 25/08/2009 19:12
A Polônia quer alavancar os negócios com o Brasil, especialmente na área agrícola e na venda de equipamentos para a exploração de petróleo. Para isto, uma missão liderada pelo vice-ministro da Economia, Adam Szejnfeld, está no país desde segunda-feira para visitar diversos ministérios e inaugurar duas representações comerciais - em São Paulo e em Curitiba. A intenção é apresentar as potencialidades da sétima maior economia da União Européia.
Ele adiantou que a Polônia comprará 14 aviões da Embraer nos próximos anos, dois dos quais para servir à alta cúpula do governo, especificamente ao presidente e ao primeiro-ministro. E não escondeu seu interesse em vender plataformas, rebocadores e equipamentos para serem usados na exploração do pré-sal. "Temos expertise nessa área". A Polônia também está interessado em desenvolver a indústria de meio ambiente e de serviços de infraestrutura urbana.
"A Polônia pode ser a porta de entrada do Brasil para a União Européia e o Brasil pode facilitar o acesso da Polônia ao mercado latino americano", disse o vice-ministro. Ele avaliou que a pauta de negócios Brasil-Polônia está muito concentrada. Pelo lado do Brasil, as exportações giram em torno de suco de frutas. Pelo lado da Polônia, o comércio internacional é de leite em pó.
"Precisamos solucionar entraves burocráticos que impedem os investimentos poloneses no Brasil. Por exemplo, há dois anos uma empresa do setor leiteiro aguarda a visita de técnicos do Ministério da Agricultura para certificar e homologar o produto para ser exportado para o Brasil", conta o vice-ministro. "Uma empresa empresa do setor de cosméticos aguarda há mais de um ano a licença da Anvisa para um armazém. Na União Européia, esse tipo de procedimento administrativo precisa ser resolvido no prazo máximo de 30 dias". O polonês adiantou que seu país em conjunto com o Brasil estão trabalhando em um acordo para agilizar os procedimentos administrativos, estabelecendo prazos para análise e aprovação das licenças e autorizações.