Economia

Teste de aptidão física para concurso do Metrô é denunciado por candidatos

postado em 28/08/2009 08:20
Um grupo de candidatos ao cargo de agente de segurança operacional do Metrô-DF denunciou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a prova shuttle run (corrida de ir e vir) do teste de aptidão física. A prova ocorreu domingo último e, segundo eles, muitas pessoas foram reprovadas devido às exigências do edital e o local onde foi realizado o teste. Pouco mais de 400 aprovados no exame objetivo foram chamados para essa etapa. O edital de convocação explica que para fazer a prova de shuttle run, o candidato corre na máxima velocidade uma distância de 9,14m, pega um bloco, retorna correndo ao ponto de partida, deixa o primeiro bloco e repete o procedimento para pegar o segundo. O objetivo é avaliar a agilidade neuromotora e velocidade do concorrente. Para atingir a pontuação mínima, os homens deveriam cumprir a atividade "em até 10 segundos" e as mulheres "em até 12 segundos". Além dessa prova, os candidatos passaram por corrida de 12 minutos, impulsão horizontal, barra e impulsão vertical. "Muitas pessoas não conseguiram fazer a prova e outras se machucaram, o piso era escorregadio demais para fazer a prova", reclama Márcio Araújo, 26 anos. "Fiz em 10,1 segundos. Se fosse considerar o edital de abertura e não o de convocação, teria passado", comenta Araújo. Ele lamenta que as alterações no edital foram feitas poucos dias antes da realização (veja fac-símile). Nilzo Chagas também lamenta o resultado da prova. "Não passei só por causa dessa corrida. Nos outros testes, tive boa pontuação." E denuncia: "Na hora da prova, o examinador disse que não precisava passar o pé depois da linha de chegada, como exigia o edital". Diante do que ocorreu, Alysson, Jeiner e Thiago estão preocupados. Alysson e Jeiner serão avaliados amanhã para o cargo de agente de estação. No domingo, Thiago passa pelos exames, pela segunda vez. Os aspirantes a pilotos foram convocados para refazer o teste de shuttle run. "Se cobrarem desse jeito, fica difícil demais ser aprovado. Não somos atletas", alegou Jeiner. Os três pediram para que os sobrenomes não fossem divulgados. Falha operacional Segundo os candidatos, a prova foi remarcada, pois um dos aplicadores permitiu que concorrentes pontuassem com um mínino de 11 segundo e não de 10 como determina o edital. A Fundação Universa emitiu um comunicado atribuindo à "falha operacional". Explicou que uma examinadora permitiu que uma candidata realizasse a prova por três tentativas e não duas conforme previam as regras. A base da reclamação dos candidatos são os editais, como os da Polícia Civil do DF, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, da Secretaria de Transporte do Paraná e da PM de São Paulo. Em todos, o tempo de prova é superior ao imposto pela Universa, organizadora do certame para o Metrô. A Universa informou que as condições da quadra poliesportiva do Centro Integrado de Educação Física (908 Sul) foram aprovadas por meio de laudos técnicos para a prática da prova. Garantiu também que o prazo determinado pelo edital é adequado.

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