Economia

GM e Opel mantiveram sua aliança por 80 anos

Agência France-Presse
postado em 10/09/2009 15:03
Após 80 anos de união, a americana General Motors (GM) aceitou finalmente nesta quinta-feira (10/09) ceder ao grupo canadense Magna o controle de sua marca alemã Opel, que se transformou ao longo do tempo na ponta de lança para seu desenvolvimento na Europa. [SAIBAMAIS]A GM anunciou sua decisão de vender 55% de suas filiais europeias Opel e Vauxhall à Magna, associada ao banco russo Sberbank, mas conservará 35% e oferecerá 10% aos empregados. Esta virada é histórica, tanto para os empregados da Opel como para a GM que havia integrado a marca alemã e lhe havia confiado um de seus grandes centros de pesquisa e desenvolvimento no mundo, especializados entre outras coisas em motores. Quando a GM adquiriu, durante Grande Depressão de 1929, a fábrica criada pela Adam Opel em 1862, esta última fabricava apenas bicicletas e máquinas de costura. A Opel se lançou na produção de automóveis em 1898. Depois a Opel se tornou fornecedora da corte do imperador William II. Mas, sobretudo, são os pequenos modelos fabricados pelo construtor que garantiram seu sucesso. A General Motors, que viu na Opel a marca-chave para sua expansão na Europa, concentrou sua produção unicamente em automóveis. Com os americanos a produção em série se impôs rapidamente. O "Kadett", pequeno modelo familiar, se tornou o mais vendido. Durante a guerra, a Opel produziu principalmente caminhões "Blitz" para o exército. Depois de 1945, os aliados a obrigaram a se concentrar na produção de geladeiras. Logo no início da década de 1950, voltou a produzir carros. Doze anos depois, lançou uma nova versão do "Kadett". O início da década de 1970 foi o período de ouro para a Opel, que conquistou 20% do mercado alemão. Mas a Volkswagen acabou com sua liderança ao lançar o Golf. A Opel nunca mais conseguiu se recuperar. Sua diversificação nos carros de alto luxo, com o Omega, e até com carros esportivos, como o Tigra, fracassou. Os problemas de qualidade afetaram sua reputação. Em 2001, afetada por sua casa matriz, foi submetida a uma dura reestruturação. Conseguiu tirar a cabeça da água principalmente por dois pequenos modelos: o Corsa e o Astra. Mas, nos últimos meses, o construtor teve alguns sucessos, entre outros com o novo modelo Insignia, designado o carro europeu do ano 2009, e apresentando no último salão do automóvel em Genebra seu carro elétrico Ampera.

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