postado em 11/09/2009 17:27
O consumo das famílias não consegue sustentar sozinho o crescimento econômico a médio prazo, segundo o economista Altamiro Carvalho, da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio). O item foi o principal responsável pela retomada da economia brasileira no segundo trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele atribuiu a "manutenção de um nível adequado de consumo;, durante o período de crise, ao crescimento da massa salarial, proporcionado pelos programas de transferência de renda e incentivos tributários. De acordo com o economista, essas medidas beneficiaram o setor de serviços e comércio, permitindo que o país superasse o período turbulento da economia mundial.
No entanto, Carvalho acredita que os fatores que permitiram o crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano devem ser somados a outros, como a retomada dos investimentos.
Na avaliação do economista, a queda de 17% nos níveis de investimento no último trimestre, revelada pelos dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ;se contrapõe; ao cenário de melhora da economia.
Carvalho aponta a necessidade de haver uma diminuição da atual taxa básica de juros para permitir o aumento no investimento. ;Tem que haver a percepção de que atualmente o risco inflacionário é muito baixo;, disse.