Economia

Ministro afirma que serão mantidos apenas incentivos para investimento e exportação

postado em 12/09/2009 11:54
Ao repercutir a alta de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano em comparação aos três primeiros meses de 2009, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou que o governo vá manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedido a automóveis, construção civil e a alguns eletrodomésticos da linha branca. O ministro, contudo, antecipou que serão mantidos os incentivos destinados a estimular a retomada dos investimentos e as vendas feitas no exterior."As políticas de incentivo que foram feitas para estimular o investimento serão todas mantidas. As desonerações que foram feitas para exportações, por exemplo, serão mantidas. As demais são datadas e manteremos os prazos estabelecidos", avisou. Os estímulos monetários como as taxas de empréstimos e financiamento do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) também deverão ser mantidos. "É claro que continuaremos com juros baixos, aumentando o crédito e estimulando investimentos com taxas bastante baixas e condições favoráveis", disse. Ao comemorar a expansão de 1,9 % entre abril e junho, Mantega avaliou que a economia deverá registrar crescimento de 1% ao fim de 2009. Cálculos do Ministério da Fazenda indicam que o gasto do governo com a renúncia de tributos e outras medidas para recuperar a economia está entre 1% e 1,5% do PIB. Entre essas ações constam a redução do IPI e o programa Minha Casa, Minha Vida. "Era necessário fazer esses gastos. Os resultados estão aí. Estamos colhendo os frutos", comentou. Mantega ponderou que essa despesa tem sido menor no Brasil do que em países como China (13% do PIB) e os Estados Unidos (6,7%). Essa avaliação, no entanto, não é consenso. Na segunda-feira, a Organização para as Nações Unidas (ONU) divulgou relatório informando que o Brasil gastou 5,6% do PIB para retirar o país da recessão. De acordo com essa metodologia, a despesa brasileira teria sido maior que a dos EUA (5,5%), do Japão (4,7%) e do Reino Unido (1,9%).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação