Professor diz que Brasil enfrentou a crise com mais facilidade que outros países
Economia

Professor diz que Brasil enfrentou a crise com mais facilidade que outros países

A baixa exposição ao crédito, o saneamento do sistema financeiro, o acúmulo de reservas em moedas estrangeiras e o ajuste fiscal realizado nos últimos anos tornaram a economia brasileira menos exposta à crise financeira internacional, e "isso ajudou o Brasil a enfrentar a crise com mais facilidade do que outros países". A afirmação é do professor de economia Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, ao comentar que o Brasil atravessou este um ano de crise financeira internacional em melhores condições porque a adoção do sistema de metas e de câmbio flutuante, além da Lei de Responsabilidade Fiscal, foram de suma importância para a arrumação da economia doméstica. Segundo ele, "o sistema de metas de inflação contribuiu para o controle do processo inflacionário e o sistema de câmbio flutuante permitiu o ajuste natural do balanço de pagamento, quando houve a valorização do dólar durante a crise [a cotação atingiu pico de R$ 2,519 em 4 de dezembro de 2008]. Importante lembrar também o ajuste proporcionado pela Lei de Responsabilidade Fiscal". Especialista em economia internacional, Alcides Leite disse que a trajetória da economia brasileira durante a crise, comparada aos demais países, "reforçou a percepção externa de solidez e dinamismo da nossa economia". Como resultado, disse que isso fortaleceu o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, de abril para cá, principalmente, com consequente desvalorização do dólar ante o real. O professor da Trevisan Escola de Negócios destaca que "a partir de agora é importante acompanhar com atenção o desempenho das contas públicas para que a expansão dos gastos no período da crise não comprometa a estabilidade fiscal". Mas acredita que o afrouxamento fiscal pode ser revertido, desde wyLjIyMywwLjY1MSwyLjcyLDMuMjE5aDEuMjYzdi04LjYyMw0KCQloLTEuMjY0Yy0wLjQ5NywyLjU2NC0xLjAzNCwzLjE0MS0yLjcyLDMuMTQxaC0xLjcyN3YtNy4wMTJjLTAuMDc1LTEuMTEsMC4wNzUtMS4yNjIsMC44OC0xLjI2MmgxLjM4Mw0KCQljMi41MjYsMCwzLjMzMSwxLjY0Niw0LjI1MSw0Ljk0aDEuMzM4VjkuNTA3SDg4LjkyMXYxLjU2OWMxLjcyNywwLjA3NSwxLjg3NywwLjMwNSwxLjg3NywyLjEwNFYzMC4wNzVMOTAuNzk4LDMwLjA3NXoiLz4NCgk8cGF0aCBmaWxsPSIjMDAyRjY3IiBkPSJNODYuNTg1LDI3LjY2M2MtMC40NjEtMi43OTQtMC45OTctNS4wMjEtNC4xNzctNi4wNXYtMC4wNzVjMi44NzItMC40NjUsNC45MDQtMi42MDksNC45MDQtNS42NzQNCgkJYzAtNS4zNjQtMy42NzktNi4zNTgtNy4zOTYtNi4zNThINzguNzdWOS41MDRINjguMzQ2djEuNTcxYzEuNzY1LDAuMDc1LDEuODc3LDAuMzA1LDEuODc3LDIuMTA0djE2Ljg5NA0KCQljMCwxLjgwNS0wLjExNCwyLjAzMi0xLjg3NywyLjExdjEuNTY5aDEwLjIyOXYtMS41NjljLTEuNzI1LTAuMDc2LTEuODQtMC4zMDctMS44NC0yLjExdi03LjI0aDAuOTINCgkJYzAuNDYxLDAsMC44NDMsMC4xODksMS4xMTMsMC41Mzd2MC4wMDFjMC4yNjgsMC4zMDksMC40NTcsMC44NDcsMC41NzMsMS41MzFjMC4xOSwwLjgwNSwwLjQyLDMuNTY0LDAuODA1LDUuMTc0DQoJCWMwLjcyOSwyLjc1OCwxLjk1MiwzLjY3OSw0Ljk3OSwzLjY3OWgzLjcxOHYtMS41N0M4Ny4xNiwzMS44MDIsODcuMDA2LDMwLjE1Miw4Ni41ODUsMjcuNjYzeiBNNzguNzcsMjAuNTc2TDc4Ljc3LDIwLjU3Ng0KCQljLTAuMzEsMC4xMTMtMC42NTMsMC4xODgtMS4wMzcsMC4xODhoLTAuOTk3di03LjgxNWMwLTEuMDczLDAuMTkxLTEuMzc3LDEuMjY2LTEuMzc3YzAuMjY5LDAsMC40OTgsMC4wNzYsMC43NjksMC4xMTN2MC4wMDENCgkJYzEuMDcsMC40MjMsMi4wMjgsMS43NjMsMi4wMjgsNC40NDZDODAuNzk5LDE4LjEyMyw4MC4yNjIsMjAuMDM5LDc4Ljc3LDIwLjU3NnoiLz4NCgk8cGF0aCBmaWxsPSIjMDAyRjY3IiBkPSJNNjYuMDExLDI3LjY2M2MtMC40NjEtMi43OTQtMC45OTctNS4wMjEtNC4xNzUtNi4wNXYtMC4wNzVjMi45MTItMC40NjUsNC45NDEtMi42MDksNC45NDEtNS42NzQNCgkJYzAtNS4zNjQtMy43MTYtNi4zNTgtNy4zOTYtNi4zNThoLTEuMTg3aC0xMC4zOHYxLjU3YzEuNzI0LDAuMDc1LDEuODc1LDAuMzA1LDEuODc1LDIuMTA0djE2Ljg5NmMwLDEuODA1LTAuMTUyLDIuMDMxLTEuODc1LDIuMTExDQoJCXYxLjU2N2gxMC4yMjh2LTEuNTY3Yy0xLjcyNC0wLjA3Ny0xLjg3NS0wLjMwOC0xLjg3NS0yLjExMXYtNy4yNGgwLjk1NmMwLjQ2MSwwLDAuNzY3LDAuMTksMS4wNzMsMC41MzYNCgkJYzAuMjY3LDAuMzA5LDAuNDYsMC44NDcsMC42MSwxLjUzMWMwLjE1NiwwLjgwNSwwLjM4NSwzLjU2NCwwLjgwNyw1LjE3NGMwLjcyNywyLjc1OCwxLjkxMywzLjY3OSw0LjkzOSwzLjY3OWgzLjc1NXYtMS41Nw0KCQlDNjYuNTgzLDMxLjgwMiw2Ni40MzEsMzAuMTUyLDY2LjAxMSwyNy42NjN6IE01OC4xOTcsMjAuNTc2Yy0wLjMwOSwwLjExNC0wLjY1MiwwLjE4OS0xLjAzNSwwLjE4OWgtMC45OTZ2LTcuODE2DQoJCWMwLTEuMDczLDAuMTkxLTEuMzc3LDEuMjYzLTEuMzc3YzAuMjI5LDAsMC40OTgsMC4wNzYsMC43NjYsMC4xMTNjMS4xMSwwLjQyMywxLjk5MiwxLjc2MywxLjk5Miw0LjQ0Ng0KCQlDNjAuMTg5LDE4LjEyMyw1OS42OTEsMjAuMDM5LDU4LjE5NywyMC41NzZ6Ii8+DQoJPHBhdGggZmlsbD0iIzAwMkY2NyIgZD0iTTM2LjIwMyw4Ljk2OGMtNy4yLDAtMTAuMzgsNC44MjYtMTAuMzgsMTIuNjQ0YzAsNy44NTIsMy4yMTcsMTIuNjc4LDEwLjM4LDEyLjY3OA0KCQljNy4yNDIsMCwxMC40MjMtNC43ODksMTAuNDIzLTEyLjY3OEM0Ni42MjYsMTMuNzU4LDQzLjQ4Niw4Ljk2OCwzNi4yMDMsOC45Njh6IE0zNi4yMDMsMzIuMTg2Yy0yLjk0OCwwLTMuNDA2LTUuODI5LTMuNDA2LTEwLjU3Mg0KCQljMC00LjQxLDAuNDYtMTAuNTM2LDMuNDA2LTEwLjUzNmMzLjAyOSwwLDMuNDg3LDYuMTI2LDMuNDg3LDEwLjUzNkMzOS42OTEsMjYuMzU3LDM5LjIzMywzMi4xODYsMzYuMjAzLDMyLjE4NnoiLz4NCgk8cGF0aCBmaWxsPSIjMDAyRjY3IiBkPSJNMjQuMTc1LDExLjY1VjIuMzM5Yy0xLjg3NS0xLjQ1NS01LjU5NC0yLjE4NC04LjY5Ni0yLjE4NGMtNS43MDgsMC05LjQ1OSwxLjY0OS0xMS45MTUsNC42MzUNCgkJQzEuMTE0LDcuODk1LDAsMTIuNjA2LDAsMTcuNTVjMCw1LjUxNywxLjM4LDkuOTYsMy43NTUsMTIuNjc5YzIuNTY2LDIuODM1LDYuMDE2LDQuMjE2LDExLjI2NCw0LjIxNg0KCQljMy4xODEsMCw2LjY2OC0wLjQ2MSw5LjQyNS0yLjQxNmwwLjQ5OS05Ljg4M0gyMy4xNGMtMS45NTQsNS41NTktMy41NjMsOS41MDEtNy4xNjYsOS41MDFjLTUuNTU0LDAtNi41NTEtOC41MDgtNi41NTEtMTQuNDgxDQoJCWMwLTQuMjkzLDAuNTM1LTE0LjI1Miw2LjQzOC0xNC4yMTRjMy44MjksMCw1LjE3Myw0LjQ4NCw2LjUxMiw4LjY5OEwyNC4xNzUsMTEuNjVMMjQuMTc1LDExLjY1eiIvPg0KPC9nPg0KPC9zdmc+DQo=" alt="Logo Correio Braziliense" height="25" width="200" style="margin: 1px auto;">

Jornal Correio Braziliense

Economia

Professor diz que Brasil enfrentou a crise com mais facilidade que outros países

A baixa exposição ao crédito, o saneamento do sistema financeiro, o acúmulo de reservas em moedas estrangeiras e o ajuste fiscal realizado nos últimos anos tornaram a economia brasileira menos exposta à crise financeira internacional, e "isso ajudou o Brasil a enfrentar a crise com mais facilidade do que outros países". A afirmação é do professor de economia Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, ao comentar que o Brasil atravessou este um ano de crise financeira internacional em melhores condições porque a adoção do sistema de metas e de câmbio flutuante, além da Lei de Responsabilidade Fiscal, foram de suma importância para a arrumação da economia doméstica. Segundo ele, "o sistema de metas de inflação contribuiu para o controle do processo inflacionário e o sistema de câmbio flutuante permitiu o ajuste natural do balanço de pagamento, quando houve a valorização do dólar durante a crise [a cotação atingiu pico de R$ 2,519 em 4 de dezembro de 2008]. Importante lembrar também o ajuste proporcionado pela Lei de Responsabilidade Fiscal". Especialista em economia internacional, Alcides Leite disse que a trajetória da economia brasileira durante a crise, comparada aos demais países, "reforçou a percepção externa de solidez e dinamismo da nossa economia". Como resultado, disse que isso fortaleceu o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, de abril para cá, principalmente, com consequente desvalorização do dólar ante o real. O professor da Trevisan Escola de Negócios destaca que "a partir de agora é importante acompanhar com atenção o desempenho das contas públicas para que a expansão dos gastos no período da crise não comprometa a estabilidade fiscal". Mas acredita que o afrouxamento fiscal pode ser revertido, desde que o superávit primário [economia que o governo faz para honrar compromissos financeiros] fique acima de 3% ao ano e que a dívida líquida pública não ultrapasse 40% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. Alcides Leite acha que a redução do custo de financiamento da dívida interna, atualmente atrelada em sua maioria à taxa básica de juros (Selic), "pode dar alguma folga fiscal". Ressalta, porém, a necessidade de o país aumentar o volume de investimentos para algo em torno de 25% do PIB, pois só assim será possível sustentar um crescimento econômico superior a 5% ao ano, por longo período, e sem comprometer as metas de inflação.

  • Tags:
  • -->