Agência France-Presse
postado em 13/09/2009 12:11
Pequim - As tarifas que os Estados Unidos aplicam à importação de pneus da China são uma forma grave de protecionsimo comercial e prejudicam as relaçõse econômicas entre os dois países, afirmou neste domingo o ministério chinês das Relações Exteriores, citado por la prensa estatal.
"Com esta decisão, os Estados Unidos não respeitam os compromissos que assumiram na cúpula do G20 e abusaram das medidas comercais, o que é um protecionismo grave que socavará as relações econômicas e comerciais China-Estados Unidos, assim como a rápida recuperação da economia mundial", afirmou a porta-voz da chancelaria chinesa, segundo a agência Nova China.
Na véspera, Pequim se declarou firmemente contrário a uma "medida de grave protecionismo comercial" dos Estados Unidos depois da decisão de Washington de impor tarifas extras às importaçõs de pneus chineses.
A China também anunciou que se reserva o direito de reagir a uma medida que não apenas viola as regras da Organização Mundial do Cómercio, como os compromissos dos Estados Unidos na cúpula financeira do G20, segundo declarou o porta-voz do ministério do Comércio, Yao Jian, em comunicado on-line.
"No contexto de crise econômica mundial, trata-se de um exemplo muito ruim e a China se reserva o direito de reagir", enfatizou.
O presidente Barack Obama assinou na sexta um decreto que impõe tributações alfandegárias adicionais aos pneus para automóveis de turismo e veículos leves provenientes da China por um período de três anos a fim de preservar as empresas americanas, segundo a Casa Branca em um comunicado.
Estes tributos serão de 35% no primeiro ano, 30% no segundo e 25% no terceiro.
A China pediu no mês passado que os Estados Unidos desistissem dessa medida a fim de preservar a o desenvolvimento das relações bilaterais.
Washington já havia decidido durante a semana impor tarifas aos tubos importados da China para a indústria petroleira, e Pequim reagiu com indignação.
Segundo o comunicado oficial, as exportaçõe de pneus chineses não prejudicam a produção americana e, inclusive, caíram 16% em termos anuais no primeiro semestre deste ano.
Ainda neste domingo, a China abriu uma investigação antidumping e antisubsídios sobre certas importações de autopeças e alimentos avícolas provenientes dos Estados Unidos, em um contexto de tensões comerciais entre os dois países.
"Segundo as leis nacionais e as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministério do Comércio abriu uma investigação sobre autopeças e aves importadas dos Estados Unidos", afirma o ministério em seu site.