postado em 14/09/2009 19:41
Está mais barato para o brasileiro obter crédito. A taxa de juros para pessoa física caiu para 7,08% ao mês em agosto, uma redução de 0,13 ponto percentual frente o registrado em julho. Esse é o menor valor em 14 anos, início da série histórica da Associação Nacional de Executivos em Finanças, Adminsitração e Contabilidade (Anefac), responsável por uma pesquisa mensal que avalia o custo de seis modalidades de crédito.
[SAIBAMAIS]A queda é a sétima consecutiva e na avaliação do coordenador da pesquisa e vice-presidente da Anefac, Miguel de Oliveira, a situação é reflexo de uma melhora no cenário econômico e de uma maior competição no sistema financeiro. "O pior da crise já passou. Devemos ter novas reduções da taxa básica de juros (Selic), oque levará as instituições financeiras a emprestar mais provocando maior competição no mercado. Temos também um menor risco de inadimplência", avalia o pesquisador.
De seis linhas de crédito para pessoas físicas, apenas o cartão de crédito manteve os mesmos custos de juros, média de 237,93% ao ano. Todas as outras modalidades recuaram. O redução mais expressiva foi do empréstimo pessoal em financeiras, que ficou 4,24% mais barato na comparação entre agosto e julho. Ainda assim, o consumidor precisa ficar atento. Queda no custo de empréstimos e financiamentos não significa crédito barato. Os juros de algumas modalidades chegam a mais de 100% ao ano.
Segundo Miguel Oliveira, a pesquisa de agosto demonstra que as condições de crédito retornaram aos níveis pré-cirse e as expectativas para o fim do ano são boas para os que necessitam de financiamentos. "Em nossa opinião as taxas de juros das operações de crédito bem como as condições de crédito deverão melhorar neste segundo semestre", afirma o pesquisador.
Na avaliação dele, os fatores que contribuem para um cenário mais interessante ao consumidor são: taxa Selic em patamares que desestimulam aplicações em títulos da dívida pública, maior competição do sistema financeiro, menor inadimplência, criação do cadastro positivo, baixo volume de crédito a ser ofertado, maior pressão do governo pela redução do spread bancário, redução docompulsório para os bancos e crescimento do crédtito nos bancos privados.
Saiba quanto se paga por ano em algumas modalides de crédito:
Cartão de crédito: 237,93%
Empréstimo pessoal em financeiras: 235,74%
Cheque especial: 135,01%
Juros do comércio: 100,99%
Empréstimo pessoal em bancos: 82,69%
CDC-Bancos: 36,87%