Economia

Bancos revisam para baixo previsão de inadimplência

postado em 15/09/2009 17:08
Os bancos revisaram para baixo a previsão de inadimplência para este ano. Na última consulta realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em julho, a estimativa era de 5,8%, número que caiu para 5,3% no estudo realizado nos dias 10 e 11 e divulgado hoje (15). Segundo o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg, ;esse é o maior indicador de otimismo; por parte das instituições financeiras em relação à recuperação da economia.

[SAIBAMAIS]Na avaliação do economista, o estudo indica que existe um consenso de que ;a crise parou de piorar;. De acordo com Sardenberg, as dúvidas agora são em relação à velocidade de retomada da economia brasileira e internacional.

A perspectiva também é de melhora quanto à expansão do crédito. No estudo anterior, a expectativa era de que houvesse um crescimento de 16,3% nos empréstimos neste ano, previsão que subiu para 16,9%.

O maior aumento é esperado nas operações de crédito com recursos direcionados, com a estimativa de 20,5% de aumento, contra 17,8% da consulta de julho. Para Sardenberg, as boas expectativas em relação a essa categoria estão relacionadas à liberação de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para o Produto Interno Bruto (PIB) foi estimado um crescimento de 0,02%. Apesar do número ser próximo ao 0,1 negativo da pesquisa anterior, o economista Rubens Sadenberg ressaltou o valor ;simbólico; da expectativa, agora, ser de crescimento positivo para a economia.

A maioria dos 30 bancos consultados para o levantamento da Febraban não acredita em uma redução dos juros a curto prazo, 92,6% não esperam por uma alteração da taxa básica de juros (Selic) ainda este ano e 59,3% acham que o Banco Central deverá manter os atuais 8,75% da Selic até o fim de 2010.

;Há um consenso forte de que o número [da Selic] deverá ficar nesse patamar por um bom tempo;, disse Sardenberg.

O maior risco para a retomada da economia brasileira é, segundo 68% dos bancos consultados, um novo agravamento da crise externa. As preocupações envolvendo a situação fiscal e as contas públicas foram apontadas como as principais ameaças por 16% das instituições.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação