A Eletrobrás vai apresentar na próxima semana ao Ministério de Minas e Energia uma proposta para solucionar a dívida da Celg, distribuidora de energia de Goiás, que envolve Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, a dívida da Celg com a estatal elétrica gira em torno de R$ 1 bilhão, referente à compra de energia da usina de Itaipu, entre outras coisas.
[SAIBAMAIS]"A Eletrobrás vai ser parceira no equacionamento do problema e a solução passa pelo Banco do Brasil e pelo BNDES", disse Muniz a jornalistas, nesta sexta-feira, sem dar mais detalhes.
A proposta, segundo fontes, envolveria a conversão da dívida em participação da Eletrobrás no capital da Celg. Outros recursos seriam injetados para cobrir outras dívidas e sanear a companhia de Goiás.
Muniz já havia mencionado o interesse da Eletrobrás em entrar na gestão da Celg, como fez com mais seis distribuidoras que não foram privatizadas no passado por falta de interesse de investidores.
Em março deste ano, Muniz declarou que ficar com a Celg seria um bom negócio para a Eletrobrás, que também visa as endividadas Cea, do Amapá, e Cer, de Roraima.
Belo Monte
Muniz participou nesta sexta-feira do Fórum Nacional organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos, onde destacou a importância dos projetos energéticos do governo, principalmente a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, cujo leilão está previsto para novembro.
Embora não tenha admitido um possível adiamento do leilão, Muniz deu a entender que a sua realização já não é tão certa em 2009, já que até o momento a licença ambiental prévia não foi concedida.