Agência France-Presse
postado em 21/09/2009 12:32
O Brasil reduziu a quantidade de gás natural que importa da Bolívia na última quinta-feira, e já pediu uma revisão do contrato de compra e venda, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.
[SAIBAMAIS]"Desde quinta-feira estão pedindo 16 milhões de metros cúbicos por dia", informou o presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Carlos Villegas, em entrevista ao jornal La Razón.
Brasil e Bolívia assinaram em 1999 um contrato de 20 anos para a compra e venda de gás natural, que estipulou uma escala de fornecimento que começava com 5 milhões de metros cúbicos diários (MMCD), que deveria ser estabilizado em 2005 em 31 MMCD. O Brasil, tem precisado de menos gás do que isto, devido às oscilações de seu mercado.
Villegas revelou que o contrato está em fase de revisão e defendeu uma solução o mais rápido possível porque "a produção de gás não é como uma garrafa de água que alguém abre e fecha".
"Este é um efeito muito drástico sobre os campos, porque afeta os reservatórios", destacou Villegas ao confirmar que a queda do bombeamento de gás natural para o Brasil afeta diretamente a produção de produtos refinados, como gasolina, gasóleo (diesel) e gás liquefeito de petróleo (GLP).