Economia

Tarifas mais altas para empresa pode ser compensação por limites para pessoa física

postado em 23/09/2009 15:58
O estudo Acompanhamento de Tarifas Bancárias, elaborado pela Secretaria de Acompanhamento Econômica (Seae,) do Ministério da Fazenda, e pelo Banco Central (BC), não descarta que os bancos tenham compensado as limitações impostas pelo governo para a cobrança de tarifas de pessoas físicas com a elevação no segmento das empresas. Desde o ano passado, os bancos são obrigados pela Resolução 3.518 do Conselho Monetário Nacional (CMN) a isentar as pessoas físicas de uma série de tarifas. "Assim, é possível que movimentos de subsídio cruzado surjam entre esses dois setores, isto é, os bancos poderiam compensar a existência de restrições no segmento de pessoas físicas com reajustes de preços nos segmentos de pessoas jurídicas", registra o estudo. [SAIBAMAIS]Segundo os técnicos da Seae e do BC, das 82 tarifas divulgadas, 46 mostraram elevação de valor médio no período analisado - janeiro de 2008 a julho de 2009. Os aumentos mais significativos foram registrados entre maio do ano passado e julho deste ano, o que, segundo o estudo, poderia "ser interpretado como um movimento de adequação ao novo panorama regulatório". O documento destaca ainda que, como no caso das pessoas jurídicas não há um período mínimo a ser respeitado entre os reajustes, as variações pode ter ocorrido de forma gradual. Segundo a Resolução 3.518, para as pessoas físicas, esse prazo é de 180 dias. Conheça algumas tarifas para empresas que tiveram aumento: - Renegociação de dívida: 245% - Renovação de ficha cadastral: 93% - Manutenção de cartão de débito e saque: 20% - Confecção cartão de débito e saque: 33% - Anuidade cartão múltiplo internacional: 30% - Cheque (talão com dez folhas): 23% - Exclusão do cadastro de cheques sem fundos: 28% - Compensação de cheques: 24% - Concessão de cheque especial: 79% - Renovação de cheque especial: 32%

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