Economia

Empregado com carteira assinada representa 44,5% das pessoas ocupadas, revela IBGE

postado em 24/09/2009 15:08
Os empregados com carteira assinada representavam em agosto 44,5% da população ocupada no país. Esse patamar é o mais alto para um mês de agosto desde 2002, quando teve início a série histórica da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do levantamento foram divulgados nesta quinta-feira (24/9) e apontam, ainda, que na comparação com julho, o nível de formalidade dos empregos teve queda de 0,7%, mas foi considerado estável pelos técnicos do órgão. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve alta de 2,8%.

Para o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, trata-se de um dado positivo que vem acompanhado de outras notícias favoráveis, como a elevação do rendimento da população ocupada, que teve alta de 0,9% em relação a julho, e de 2,2% na comparação com agosto de 2008. Em agosto, a média salarial foi de R$ 1.336,80.

[SAIBAMAIS];Esse dado recorde para o mês de agosto revela que o patamar de carteira assinada foi mantido apesar da crise financeira internacional e acaba deixando sem muito brilho a taxa de desocupação, que pelo segundo mês está estável. De maio para junho teve redução expressiva, mas em seguida ficou estável;, ressaltou.

De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego em agosto foi de 8,1%, após ter registrado 8,0% um mês antes. Já em relação a agosto de 2008, quando a taxa chegou a 7,6%, a alta foi de 0,5 ponto percentual.

O gerente da pesquisa destacou que o número de desocupados em agosto (1,9 milhão de pessoas) teve alta de 1,9% em relação a julho, o que segundo ele ;estatisticamente representa estabilidade;. Ele atribuiu esse aumento, no entanto, à maior procura por emprego motivado pelas notícias de reaquecimento da economia.

;Tantas notícias dadas por diversas instituições mostrando o fim da crise e fatores econômicos favoráveis causam estímulo àqueles que antes não estavam procurando trabalho e agora, com este panorama, voltam a buscar emprego porque acreditam ter mais chances de conseguir;, acrescentou Azeredo.

É o que está acontecendo com a vendedora carioca Adriana Martins, que decidiu retomar a procura por um emprego na área de comunicação social.

;Esta é a minha área de formação, mas é muito difícil encontrar uma vaga, então acabei trabalhando no comércio. Mas, agora, com a economia um pouco melhor, acredito que muitas empresas podem querer ampliar o setor e vou voltar a procurar;, disse.

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