postado em 01/10/2009 08:42
Hoje, no dia seguinte ao do fim da alíquota zero do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos com motorização de até mil cilindradas, o preço do carro torna-se 1,5% maior para quem comprar. Carros com motor entre mil e 2 mil cilindradas passam a ser taxados em 8%, contra os 6,5% que valeram até ontem. "Ainda assim, vale a pena trocar o carro por um zero quilômetro, porque o imposto ainda está baixo e os financiamentos foram alongados", diz o presidente do Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos de São Paulo (Sincodiv-SP), Octavio Leite Vallejo.
[SAIBAMAIS]Até janeiro de 2010, as alíquotas dos veículos automotores vão subir três vezes, alcançando os mesmos patamares de antes da crise, quando carros com motorização até mil cilindradas eram taxados em 7% e veículos com motor entre mil cilindradas e 2 mil cilindradas tinham alíquota de 13% de IPI. "É a chance de quem não comprou ainda sair de carro zero, porque há ofertas interessantes nas concessionárias", orienta o diretor comercial da Jorlan Chevrolet, Stênio Tibério Pereira.
Mais do que apresentar ofertas, as concessionárias que contrataram para dar conta da demanda vão ter de se esforçar para bater as metas. Um dos motivos é que muitos brasilienses anteciparam compras que fariam para aproveitar a redução do IPI. "Foi o meu caso", diz o consultor Glaucio Antônio Souza dos Santos, que adquiriu um Fiat Punto com motorização 1.4 por R$ 38 mil. "Nem pensava em trocar de carro agora, mas fui convencido pelo vendedor, que me mostrou as vantagens de aproveitar o desconto do IPI", relata. Ele fechou negócio no último dia de IPI baixo.
Assim como Glauco, milhares de brasilienses decidiram procurar pelo carro novo na quarta-feira, o que fez com que o movimento nas concessionárias tivesse um grande aumento. "Está uma loucura isso aqui", disse um vendedor que atendia a duas famílias ao mesmo tempo. "Todo mundo da loja vendeu bastante, para lá de 30 carros", completou. Stênio, da Jorlan Chevrolet, confirma: "Na minha loja, teve vendedor que vendeu 40 carros só em setembro".
Foi também devido ao forte movimento que o presidente do Sincodiv-DF, Ricardo Lima, revisou a projeção para o mês de setembro, que, conforme antecipou ao Correio, seria de vendas na casa dos 12 mil veículos. "Pelas vendas dos últimos dias, penso que vamos bater facilmente esse número", disse. O gerente comercial da Estação Fiat, Alexandre Hoffmann, confirma a tendência: "Para nós, setembro foi recorde absoluto de vendas. E acredito que está assim em todo lugar". Stênio, da Jorlan Chevrolet, revela: "Tive que contratar cinco vendedores a toque de caixa para poder dar conta da demanda. E, mesmo assim, foi difícil".