Agência France-Presse
postado em 02/10/2009 14:21
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, prognosticou nesta sexta-feira (2/10) o nascimento de um novo FMI na reunião anual que será realizada até a próxima quarta-feira em Istambul, depois que a atual recessão devolveu à instituição parte da legitimidade perdida na crise argentina.
"Aqui, em Istambul, esta reunião anual pode ser o início de um novo FMI e pode ser que, dentro de alguns anos, vocês contarão a seus netos que se encontravam em Istambul neste momento", declarou Strauss-Kahn aos jornalistas.
"Esta cúpula tem a responsabilidade de aplicar o que foi decidido na cúpula do G20 há alguns dias" (na cidade americana de Pittsburgh), declarou o diretor-gerente do FMI, que pediu que os governos mantenham seus programas de ajuda econômica até pouco antes do reinício previsto das contratações.
"Para mim, quando estivermos mais ou menos seguros de que o desemprego vai começar a cair, ou seja, dois ou três meses antes da queda previsível do desemprego, podemos começar a reverter a tendência fiscal", declarou Strauss-Kahn em una entrevista con el canal noticioso France24.
"Mas ainda não chegou a hora e seria arriscado interromper seus estímulos à demanda", advertiu.
Strauss-Kahn disse que o desemprego continuará aumentando por mais um ano, dando a entender que os programas de reativação econômica devem ser mantidos até o próximo verão. (no Hemisfério Norte)
"Temos de dez a 12 meses de aumento do desemprego pela frente. Portanto, para as pessoas que vão perder emprego nos próximos meses, a crise não terminou", declarou.