postado em 07/10/2009 14:19
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta quarta-feira (7/10) que o governo está atento e tem acompanhado diariamente, por meio do Banco Central, o volume de moeda estrangeira que entra no país. A maior preocupação, segundo ele, tem sido as exportações.
De acordo com o secretário, esse trabalho de monitoramento é, na verdade, de rotina, no sentido de manter o fluxo de moeda estrangeira compatível com as necessidades da política econômica do governo. %u201CIsso é feito pelo Banco Central diariamente e vai continuar sendo feito%u201D, disse.
[SAIBAMAIS]Arno Augustin, porém, considera natural que o país, na situação econômica em que se encontra e da forma como tem saído da crise, atraia cada vez mais capital externo. Para o secretário, fica evidente que, diante da nova realidade, a mudança de postura trará efeitos para o mercado financeiro.
"Do ponto de vista de médio e longo prazos, a situação é favorável ao Brasil em termos de fundamento [econômico] e obtermos o nosso terceiro grau de investimento fortaleceu em termos de ser um país seguro e rentável", afirmou.
Em curto prazo, Arno Augustin acredita que a medida correta é continuar a fazer esse monitoramento, para que sejam evitadas distorções na economia. Para ele, em longo prazo, o país tem que se adequar à situação decorrente do bom desempenho econômico.
Quanto à arrecadação, que caiu em setembro pela décima vez, Arno Augustin disse que o Tesouro Nacional vê a situação com certa preocupação devido aos efeitos da atividade econômica nos cofres do governo, mas defende que o importante agora é trabalhar para que a economia cresça.
"Não é hora para acharmos que o trabalho está concluído. Pelo contrário, estamos ainda trabalhando para que o crescimento do país possa acontecer e as pessoas possam ter um ano com algum crescimento e um bom ano, um excelente ano, em 2010", enfatizou.
Segundo ele, a tendência da economia é positiva, mas não é hora declarar pronto um trabalho que ainda não terminou, de combater os efeitos da crise econômica mundial que há um ano chegou ao Brasil.