postado em 08/10/2009 12:01
A recuperação da indústria e o fortalecimento da demanda doméstica continuam pressionando positivamente o emprego. Em agosto, a geração de carteiras assinadas na indústria avançou 0,3% ante julho, na comparação com ajuste sazonal. É a segunda vez no ano que o indicador mostra resultado positivo na comparação mês a mês. No acumulado do ano, porém, o emprego industrial está negativo em 5,5%. E nos 12 últimos meses terminados em agosto, há perdas de 3,5%.
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria - termômetro utilizado para indicar se haverá ou não mais contratações, por ser mais barato pagar horas extras do que contratar mais funcionários - também mostrou variação positiva em agosto, de 0,3%. Foi a primeira variação positiva desse indicador na média móvel trimestral, que estava negativa desde outubro do ano passado.
A folha de pagamentos real (rendimentos dos trabalhadores já descontados os efeitos inflacionários) ficou no vermelho em agosto, mostrando que, apesar da leve melhora nas contratações, os salários pagos na indústria estão abaixo da média praticada no ano passado, em decorrência de demissões de grandes executivos nos setores de mineração e extração mineral (basicamente petróleo), cujos salários estão entre os mais algos pagos no país.