Economia

Déficit comercial dos EUA cai inesperadamente em agosto

postado em 09/10/2009 16:22
O déficit comercial dos Estados Unidos caiu inesperadamente em agosto, com o segmento de serviços impulsionando levemente as exportações e as importações caindo um pouco mais que o esperado, mostrou um relatório do Departamento de Comércio nesta sexta-feira. [SAIBAMAIS]O déficit mensal ficou em 30,7 bilhões de dólares, 3,6 por cento abaixo do saldo negativo revisado de 31,9 bilhões de dólares em julho. Isso reflete um aumento de 0,2 por cento nas exportações, que alcançaram o nível mais alto desde dezembro, e um declínio de 0,6 por cento nas importações. Analistas previam que as importações recebessem impulso da alta dos preços do petróleo e do reabastecimento de estoques empresariais nos Estados Unidos, e projetavam o déficit comercial em cerca de 33 bilhões de dólares. O déficit comercial em agosto foi quase metade do recorde negativo de 64,9 bilhões de dólares atingido em julho de 2008, antes de a crise financeira global abalar a demanda dos consumidores norte-americanos. Um déficit comercial menor é positivo para os cálculos de crescimento econômico no terceiro trimestre. Mas a leve queda das importações pode reforçar preocupações sobre a força da recuperação econômica dos EUA. "Gostaria de interpretar o achatamento do déficit comercial como uma estabilidade mais ampla na economia. Caso se amplie novamente, há um ressurgimento da demanda doméstica", afirmou Keith Hembre, economista-chefe da FAF Advisors, em Minneapolis. Apesar do recuo generalizado, as importações da China e do México foram as maiores desde novembro, enquanto as do Canadá foram as mais altas desde dezembro. As importações de automóveis e peças também foram as maiores desde o final de 2008, em um sinal de demanda gerada pelo programa de incentivo do governo para troca de carros velhos por modelos mais novos e eficientes. Entretanto, o volume de importações de petróleo caiu 9,4 por cento, conforme o preço médio da commodity importada subiu pelo sexto mês consecutivo, alcançando 64,75 dólares o barril. As exportações de serviços, lideradas por um aumento nos serviços de viagens, frete e portos, cresceram ligeiramente em agosto. Já as exportações de bens diminuíram. As exportações de bens de capital foram as menores desde outubro de 2005, refletindo forte queda nos embarques de aeronaves civis.

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