Economia

China, Rússia e Ásia Central vão cooperar para conter a crise

Agência France-Presse
postado em 14/10/2009 10:33
China, Rússia e quatro países da Ásia Central se comprometeram nesta quarta-feira (14/10), em Pequim, a coordenar suas ações frente à crise econômica mundial, durante a Cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai (OCS). Os chefes de governo de China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão e Tadjiquistão se reuniram no Palácio do Povo, em pleno coração da capital chinesa, em companhia de colegas dos países observadores (Mongólia, Irã, Índia e Paquistão). Os participantes elaboraram um documento sobre as estratégias a serem adotadas contra a crise e para preparar o pós-crise, sem revelar, no entanto, os detalhes deste acordo. "Este documento vai criar boas oportunidades. Isto garantirá a coordenação das medidas contra a crise", afirmou o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. "A crise é um catalizador para a reforma do sistema financeiro internacional. Nossa organização deve fazer parte deste movimento', acrescentou Putin. Por sua vez, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, explicou que a OCS decidiu desenvolver de maneira vigorosa os intercâmbios e a cooperação nos setores de comércio, recursos energéticos, agricultura, transporte, comunicações, cultura, saúde, meio ambiente e controle de qualidade dos produtos". Orientada inicialmente para as questões de segurança, a OCS, uma organização que inclui países com importantes recursos de gás e petróleo, se concentra cada vez mais em atividades concretas na área da cooperação econômica", destacou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Alexei Borodavkin. "É evidente que a crise econômica e financeira mundial força os membros e observadores da OCS a prestarem mais atenção ao componente econômico", explicou Borodavkin à imprensa. No entanto, o primeiro-ministro kazako Karim Masimov disse que "a OCS está em alta, pois um número cada vez maior de países querem se juntar aos projetos da organização". O organismo decidiu criar um fundo especial para financiar projetos na área de infraestrutura, energia e telecomunicações. Seus membros e observadores dispõem de 17,5% dos recursos de petróleo do planeta e quase metade das reservas conhecidas de gás natural, segundo estudo publicado, em 2007, pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, com sede em Estocolmo.

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