Economia

Injeção de R$ 6 bilhões na Caixa garantirá empréstimos até 2011, diz secretário

postado em 14/10/2009 20:16

A injeção de R$ 6 bilhões na Caixa Econômica Federal ocorreu pela necessidade de garantir o aumento do volume de crédito previsto para o próximo ano, informou, no início da noite desta quarta-feira (14/10), o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Marcus Aucélio. Segundo ele, sem o reforço no capital, a Caixa correria o risco de operar abaixo do limite de segurança para conceder empréstimos.

Atualmente, para cada R$ 100 de crédito concedido pela Caixa, a instituição tem R$ 16 de capital. Pelas regras bancárias, que têm como objetivo evitar o risco de que uma instituição quebre, o limite é de R$ 11.

De acordo com Aucélio, se aumentasse o volume de crédito sem o aporte de capital, o banco passaria a operar abaixo do limite de R$ 11 a partir do segundo trimestre do próximo ano. ;Com a injeção de R$ 6 bilhões, a Caixa estará segura até o final de 2011;, declarou.

O secretário explicou ainda que o reforço no capital da Caixa se dará por meio de um instrumento híbrido. Nessa modalidade, o Tesouro empresta ao banco, mas a dívida é registrada como patrimônio de referência. Dessa forma, os recursos são, ao mesmo tempo, capital e dívida.

A data de início e os valores das parcelas a serem repassadas, explicou Aucélio, ainda serão discutidos entre o Tesouro Nacional e a Caixa. ;A distribuição se dará com base na necessidade do volume de crédito do banco;, disse.

O secretário adjunto ressaltou ainda que a operação não terá impacto no superavit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida líquida do setor público) nem na dívida líquida do setor público. ;Esse é um empréstimo do Tesouro para a Caixa, ou seja, uma transação dentro do próprio setor público;, acrescentou.

Conforme a medida provisória, na primeira etapa, o empréstimo será feito por meio de títulos públicos, mas o Tesouro Nacional poderá usar posteriormente o superavit financeiro (recursos do superavit primário de anos anteriores não usados para abater os juros da dívida pública).

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