postado em 21/10/2009 15:39
A arrecadação da Previdência vai continuar crescendo 5% acima da inflação. A previsão foi feita nesta quarta-feira (21/10) pelo secretário de Políticas da Previdência Social, Helmut Schwartz. Os números de setembro foram divulgados hoje. Houve deficit de mais de R$ 9 bilhões, quase o dobro do registrado em agosto, que fechou negativo em R$ 5 bilhões.
[SAIBAMAIS]Segundo Schwartz, o sistema previdenciário brasileiro "está se saindo muito bem, em relação a outros países, que ainda sentem fortemente os efeitos da crise econômica", iniciada em setembro de 2008. O Brasil, lembrou, não está mais em recessão e já tem sinais de crescimento positivo para este ano.
O secretário justificou o aumento de gastos em setembro, que levou ao deficit, com o pagamento de parte do 13º salário e de sentenças judiciais. Já o deficit do acumulado do ano, em relação a 2008, é explicado pela antecipação em um mês do reajuste do salário mínimo, que foi corrigido em fevereiro, impactando as despesas da Previdência Social.
O Ministério da Previdência tinha estimado para 2009 deficit de R$ 41,4 bilhões, mas há possibilidade desse patamar ser superado em dezembro, uma vez que, até setembro, a conta negativa já está em mais de R$ 39 bilhões. Schwartz diz, no entanto, que, "dentro da programação global do ano, há uma compensação no mês de dezembro, quando é paga a segunda parcela do 13º salário e a arrecadação aumenta, consequentemente, com os depósitos feitos pelas empresas".
Nos nove primeiros meses do ano passado, a Previdência arrecadou R$ 120,6 bilhões e, neste ano, foram arrecadados R$ 126 bilhões no mesmo período. Apesar da arrecadação ter ficado maior em 2009, os gastos foram maiores. As despesas com benefícios ficaram em R$ 165 bilhões de janeiro a setembro deste ano, contra R$ 154,5 bilhões no mesmo período do ano passado. O deficit registrado em 2008 até setembro foi de R$ 33,8 bilhões e, neste ano, está em R$ 39,1 bilhões.
Em setembro, foram arrecadados R$ 14,091 bilhões contra R$ 14,423 bilhões em agosto. As despesas com benefícios foram de R$ 23,2 bilhões em setembro, contra R$ 19,6 bilhões em agosto.