Economia

Ministro da Agricultura e produtores querem fim das importações de fertilizantes

postado em 24/10/2009 15:43
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ganhou forte aliada, esta semana, na luta em defesa do uso das reservas nacionais de fósforo, potássio e nitrogênio, com vistas a tornar o Brasil auto-suficiente em fertilizantes. [SAIBAMAIS]Stephanes ganhou o apoio formal da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Nessa sexta-feira (23/10), ela elogiou a "indispensável e corajosa determinação" do ministro, de trabalhar por um marco regulatório que permita a exploração das reservas nacionais de fósforo, potássio e nitrogênio. Só assim, diz ela, o Brasil poderá acabar com a dependência das importações de fertilizantes para suprir nossas lavouras e pastagens, garantir a auto-suficiência nesse tipo de insumo, avançar em competitividade externa e disponibilizar alimentos mais baratos à população. Dados da CNA mostram que o Brasil consome atualmente 24,6 milhões de toneladas de fertilizantes por ano e produz apenas 8,8 milhões de toneladas. As 15,8 milhões de toneladas que faltam são importadas com gasto de R$ 14 bilhões. Um dependência que, segundo ela, "não se justifica", uma vez que o solo nacional dispõe dos minérios necessários para suprir a carência brasileira por fertilizantes. A situação mais grave, segundo Kátia Abreu, envolve o potássio, insumo que exige mais de 90% de importações, quando temos jazidas a serem exploradas no Amazonas e na área que vai do Espírito Santo a Alagoas. Ela disse que o cloreto de potássio, que era negociado a R$ 800 a tonelada, no começo de 2003, atingiu pico de R$ 1,8 mil em fevereiro deste ano, com aumento de 125%. A presidente da CNA se diz convencida de que "é indispensável o domínio do Brasil sobre suas próprias reservas minerais", e entende que "não há motivos que justifiquem a necessidade de aquisição de fertilizantes no exterior, nos níveis atuais".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação