Jornal Correio Braziliense

Economia

GVT reduz barreira para ser vendida

Um obstáculo a menos para a venda da GVT, empresa que concorre com a Oi no DF. Em assembleia geral extraordinária realizada nesta terça-feira (3/11), os acionistas da companhia aprovaram o fim das "pílulas de veneno" - espécie de proteção de dispersão da base acionária - do estatuto social da companhia, dando um passo importante para a incorporação da operadora pela espanhola Telefônica ou pela francesa Vivendi. A retirada do mecanismo, que constava no estatuto como forma de blindar ofertas não requisitadas de aquisição, era desejada pela Telefônica para fechar o negócio. Isso porque, enquanto a Vivendi fez uma oferta amigável para os controladores, a Telefônica foi direto ao mercado. [SAIBAMAIS]Entre as alterações no estatuto, a que beneficia diretamente a Vivendi é a retirada da cláusula que estipulava que o comprador deveria ser uma operadora com atuação no Brasil. No quesito preço, porém, a Vivendi terá de aumentar a oferta se quiser levar a GVT. No comunicado divulgado pela companhia, a liquidação financeira deverá ocorrer até 28 de fevereiro de 2010 e o valor a ser pago, em dinheiro, deve ser correspondente a, no mínimo, R$ 48 por ação. Matéria publicada pelo Correio há uma semana, porém, mostrou que a francesa não pretende entrar em uma guerra de preços com a Telefônica antes do posicionamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para Elia San Miguel, analista de telecomunicações da Gartner, a agência tem de ser muito criteriosa na avaliação das propostas. "Para bater o martelo, a Anatel tem um papel muito importante", observou. Procurada, a Vivendi informou que vai continuar analisando as opções de compra da GVT. A Telefônica não se pronunciou.