Agência France-Presse
postado em 05/11/2009 14:28
O presidente Luis Inácio Lula da Silva convidou nesta quinta-feira (5/11), em Londres, os empresários britânicos e europeus a investir no Brasil, um país que, segundo ele, "está vivendo um momento quase mágico".
[SAIBAMAIS]"O Brasil é hoje e será nos próximos anos um país de enormes desafios, uma nova fronteira de crescimento econômico, inclusão social e estabilidade política", declarou Lula no discurso que encerrou o seminário "Investing in Brazil", organizado conjuntamente pelos jornais britânico Financial Times e brasileiro Valor Econômico.
"Com nossa autoestima renovada pelos progressos dos últimos anos, estamos confiantes de que seremos capazes de enfrentar esses desafios. E quero convidar a todos para serem nossos sócios nesta empresa", acrescentou o presidente brasileiro em seu segundo e último dia de visita a Londres.
Aos investimentos previstos para as redes viária, ferroviária e portuária, o setor energético e o desenvolvimento urbano e social se somam os voltados para o Mundial de Futebol de 2014, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 e, principalente, a onerosa e difícil exploração da camada de pré-sal descoberta recentemente.
Lula destacou ante os empresários os excelentes resultados da economia brasileira - que deve creser 1% em 2009 e 5% em 2010, segundo as previsões -, o milhão de empregos que foram criados este ano, o sistema financeiro saudável de seu país, assim como o crescimento do comércio e dos investimentos, tudo isso com uma inflação controlada.
"Estivemos entre os últimos países do mundo a entrar na crise e entre os primeiros a sair", enfatizou, acrescentando que o Brasil "se saiu muito bem na prova".
Lula aproveitou a ocasião para recordar aos europeus que a atual recuperação econômica - apesar de a Grã-Bretanha ainda continuar em recessão - não deve fazer com que se esqueçamos das "profundas transformações necessárias na governança mundial".
"As novas estruturas e regras devem refletir a emergência dos países em desenvolvimento como atores indispensáveis em um mundo cada vez mais interdependiente", acrescentou, citando em particular o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.