postado em 13/11/2009 19:03
Junto à divulgação dos resultados do terceiro trimestre, que mostraram lucro líquido recorde, a construtora e incorporadora Cyrela forneceu orientações para seu desempenho entre 2009 e 2012, que indicam que a companhia poderá dobrar de tamanho, em vendas e lançamentos, no decorrer desse período.
[SAIBAMAIS]A Cyrela prevê chegar a lançamentos em 2012 de 10,5 bilhões a 11,5 bilhões de reais, ante entre 4,6 bilhões e 5,1 bilhões de reais neste ano. Nesse meio tempo, as projeções são de colocar no mercado imóveis totalizando de 6,9 bilhões a 7,7 bilhões de reais em 2010 e entre 8,3 bilhões e 9,1 bilhões de reais em 2011.
Para as vendas, as estimativas da construtora são passar de 4,6 bilhões a 5,1 bilhões de reais em 2009 para de 9,7 bilhões a 10,7 bilhões de reais em 2012. No ano que vem, as vendas devem ficar no intervalo de 6,2 bilhões a 6,9 bilhões de reais, subindo para entre 7,6 bilhões e 8,4 bilhões de reais em 2011.
A parte da Cyrela é estimada entre 70 e 75 por cento nas estimativas para 2009, de 73 a 77 por cento em 2010 e superior a 75 por cento tanto em 2011 quanto 2012.
A participação da Living, braço da Cyrela para o segmento econômico, nos lançamentos e vendas estimados deverá ficar entre 30 e 35 por cento em 2009, 35 e 40 por cento em 2010, 40 e 45 por cento em 2011 e de 45 a 50 por cento em 2012. "Vamos ser os melhores em baixa renda", afirmaram em coro diretores da Cyrela em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.
A Cyrela informou ainda que estima margem bruta consolidada entre 33 e 37 por cento entre 2009 e 2012, margem Ebitda de 20 a 24 por cento no mesmo intervalo, e margem líquida de 14 a 16 por cento.
Ao final do trimestre, o banco de terrenos correspondia a vendas potenciais de 37,2 bilhões de reais, 30,6 bilhões dos quais relativos à parte Cyrela.
Os diretores da empresa ressaltaram o potencial de negócios no Rio de Janeiro, diante da escolha da cidade para sediar as Olimpíadas em 2016. "Temos um banco de terrenos estratégico no Rio, na Barra da Tijuca", afirmou o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Luis Largman.
Na capital fluminense, a Cyrela possui estoque de terrenos com potencial de 14 bilhões de reais em vendas, dos quais 90 por cento na Barra da Tijuca, que foi escolhida para receber o Novo Centro de Treinamento Olímpico e a Vila Olímpica.
Venda e lucro recordes
No terceiro trimestre, a Cyrela registrou lucro líquido recorde de 264,1 milhões de reais, uma alta de 239 por cento frente ao ganho de 77,9 milhões de reais um ano antes.
Além do desempenho operacional, contribuiu para o resultado o reconhecimento dos ganhos com a venda da totalidade da fatia detida na Agra Empreendimentos Imobiliários, no final de setembro, por 304 milhões de reais.
O Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- avançou para 293,3 milhões de reais, contra 146,9 milhões de reais no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda passou de 19,6 para 21,7 por cento, na mesma base de comparação.
A receita líquida da companhia alcançou 1,349 bilhão de reais, comparada a 750 milhões de reais um ano antes.
Conforme o presidente do Conselho da construtora, Elie Horn, as vendas em setembro foram recordes. No acumulado do trimestre, as vendas contratadas totalizaram 1,6 bilhão de reais, 94,3 por cento acima do registrado entre abril e junho.
A construtora retomou, entre julho e setembro, forte ritmo de lançamentos, que alcançaram 1,952 bilhão de reais em Valor Global de Vendas (VGV), com alta de 202,9 por cento ante o registrado no segundo trimestre e de 71,5 por cento na comparação anual.
As ações da Cyrela exibiam valorização de 1,73 por cento às 12h16, a 23,50 reais. O Ibovespa apontava queda de 0,34 por cento.