Economia

Henrique Meirelles garante independência de Aldo Luiz no BC

postado em 17/11/2009 11:12
Em uma clara tentativa de acalmar os ânimos do mercado depois da mudança na Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), o presidente da instituição, Henrique Meirelles, garantiu a total independência de Aldo Luiz Mendes para assumir o posto. Segundo ele, além da competência técnica, Mendes tem um amplo histórico de atuação no sistema financeiro e é muito respeitado pelos investidores. [SAIBAMAIS]"A indicação de Aldo Mendes para substituir Mário Torós na diretoria seguiu todos os critérios usados nas noemações anteriores, que foram mais de 15. Ele tem experiência técnica e sobretudo é independente de pensamento", afirmou. As palavras de Meirelles têm como objetivo principal desvincular qualquer ligação de Mendes com o Ministério da Fazenda. Na verdade, Mendes perdeu o cargo de vice-presidente de finanças do Banco do Brasil recentemente, por determinação do ministro Guido Mantega. O presidente do BC garantiu ainda que, enquanto permaneceu no cargo, dois outros diretores que já haviam manifestado a intenção de deixar o banco - Mário Mesquita (Política Econômica) e Gustavo Matos do Vale (Liquidações) - permaneceram em seus postos. Meirelles disse que há duas datas para ele deixar o comando do BC. A primeira, e mais provável, em dezembro de 2010, quando acabar o governo Lula. A segunda, no início de abril do ano que vem, caso saia candidato pelo PMDB a uma vaga no Senado ou mesmo dispute o governo goiano. "A probabilidade maior, no entanto, é de atender ao pedido do presidente Lula para que eu fique até o fim do seu mandato." Ao comentar a demissão de Mário Torós da Diretoria de Política Monetária, anunciada na noite de segunda-feira (16/11) à noite, Meirelles disse que foi uma decisão pessoal do ex-diretor. Sobre as declarações de Torós ao jornal Valor Econômico revelando detalhes da atuação do BC durante o auge da crise mundial, no fim do ano passado, Meirelles disse que elas não representavam o pensamento do BC, mas opiniões pessoais de Torós. Segundo ele, o BC só fala por meio de seus documentos oficiais.

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