Economia

Banco Central abre concurso com 500 vagas para nível médio e superior

postado em 20/11/2009 08:28
Os concurseiros tiveram que esperar mais de quatro anos para que o Banco Central (BC) lançasse novos editais para selecionar servidores. Com sérios problemas de pessoal - cerca de dois mil funcionários vão se aposentar até 2012 -, o órgão tem pressa em realizar a seleção e corre contra o relógio para poder nomear os aprovados até julho, quando a lei eleitoral passa a impedir o procedimento. As 500 vagas autorizadas em julho pelo Ministério do Planejamento serão insuficientes e o BC pretende chamar 50% mais aprovados, como permite a lei. São 350 vagas para analistas e 150 para técnicos. Ao contrário do que ocorreu nos demais editais, as chances não foram distribuídas por região, criando, assim, um banco único de aprovados. A divisão para cada uma das regionais do banco só será conhecida no edital de convocação para o curso de formação, segunda etapa do concurso. A remuneração é um dos grandes atrativos do concurso: os analistas receberão R$ 12.413,65 e os técnicos, R$ 4.896,25. Porém, a partir de 1º de julho, esses valores passam para R$ 12.960,77 e R$ 4.917,28, respectivamente, por conta da última parcela do reajuste programado aos servidores federais. A carreira exige dos analistas qualquer formação superior e, dos técnicos, o ensino fundamental completo. Os postos dos graduados foram divididos em áreas: informática (50), economia (50), fiscalização (120), administração/comunicação (60), infraestrutura/auditoria (40) e processos (40). Os técnicos terão que escolher entre a área administrativa (75) e de segurança institucional (75). Desse total, 19 vagas de analistas e oito de técnicos estão reservadas a portadores de necessidades especiais. O economista Charles Dias, 38 anos, esperava ansioso por esse edital. Há dois anos ele trocou a agitação de São Paulo e 12 anos de iniciativa privada pela tranquilidade da casa dos pais em Pouso Alegre (MG) para se preparar para concursos públicos. Na visão dele, as mudanças do conteúdo do edital, em comparação ao do último concurso, de 2005, foram pequenas, mas o perfil dos candidatos fará toda a diferença. "As provas tendem a ser mais complicadas. Os concurseiros estão muito mais bem preparados do que há quatro anos. E é isso que fará toda diferença", avalia. Dias está em dúvida entre a área de administração/comunicação e a área de auditoria/infraestrutura. "Não decidi ainda. O que sei é que não vou tentar para minha área específica (economia), porque estou mais bem preparado para a parte administrativa", pondera. Inscrição O formulário de adesão estará disponível entre 26 de novembro e 16 de dezembro no site www.cesgranrio.org.br e custará R$ 50 e R$ 110, dependendo do cargo. Na manhã de 31 de janeiro, os técnicos farão provas objetivas de conhecimentos básicos e específicos e os analistas, o exame objetivo de conhecimentos básicos e prova discursiva. À tarde, os analistas voltam a ser avaliados: 45 questões de conhecimentos específicos de cada área. Nesse quesito há uma novidade: a nota final será calculada a partir de uma média do resultado de todos os candidatos em cada área e do desempenho individual, levando-se em consideração que os conhecimentos básicos terão peso um e os específicos e o exame escrito, peso dois. As provas serão aplicadas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador. Além das provas, os bem-sucedidos na primeira etapa passarão por avaliação de títulos e sindicância de vida pregressa antes de serem matriculados no curso de formação, que terá duração mínima de 120 horas. O resultado das provas será conhecido em abril, no caso dos técnicos, e em maio, no caso dos analistas.

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