Economia

Dívida de empresa sobe menos em outubro

postado em 24/11/2009 08:21
Com o reaquecimento da economia, o ritmo de crescimento da inadimplência empresarial caiu. Em outubro foi registrado a menor variação do ano, alta de 4,3% na comparação com igual mês do ano passado. A despeito dessa elevação, no acumulado de janeiro a outubro de 2009, na comparação com 2008, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas ficou em 24,3%. O índice havia atingido em 2009, também em relação ao ano anterior, 50,7% em março. Os segmentos mais problemáticos foram os das empresas de pequeno porte e o das exportadoras.

Segundo o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, a inadimplência cresceu muito em 2009 em função da dificuldade de crédito no país. Enquanto para as pessoas físicas esses recursos foram restabelecidos mais rapidamente, para as empresas o processo foi mais lento e ainda está em andamento. ;Neste mês registramos 4,3%. Nossa expectativa é de que essa trajetória de recuperação se mantenha e, no fim do primeiro semestre do ano que vem, chegue aos níveis normais;, observou Almeida.

Os bancos são os credores cujo valor das dívidas está em maior patamar ; em média, de R$ 4,5 mil. Apesar do custo desses débitos com instituições financeiras serem os mais altos, as dívidas que registraram elevação mais acentuada, no acumulado do ano, foram as de cheques sem fundos ; alta de 23,9%, com teto de R$ 1,6 mil ; e títulos protestados(1) ; incremento de 15,2% ao bater em 1,7 mil. ;As empresas passaram um problema grande de fluxo de caixa, por isso essa elevação no valor das dívidas;, afirmou o assessor econômico da Serasa. ;Era uma situação insustentável no auge da crise. Mas, agora, com a retomada da atividade produtiva, elas vão se recuperar;, disse.

Sem crédito
As empresas geralmente emitem duplicatas, notas promissórias e letras de câmbio, entre outros títulos, para comprovar que contraíram uma dívida. Uma vez inadimplentes, elas podem ter esses papéis levados a um serviço de protesto pelo credor. E títulos protestados são um sinal de problemas com bancos e fornecedores, o que significa ficar sem crédito na praça.



"Nossa expectativa é de que essa trajetória de recuperação se mantenha e, no fim do primeiro semestre do ano que vem, chegue aos níveis normais"
Carlos Henrique de Almeida,assessor econômico da Serasa Experian




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