O governo decidiu prorrogar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor para o setor automotivo, medida que terá os mesmos moldes da desoneração ;verde; para a linha branca de eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos). Nesta terça-feira (24/11), o ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou novas medidas de desoneração para o setor, que provocará impacto de R$ 1,3 bilhão nas receitas.
[SAIBAMAIS]Os automóveis flex com motorização até mil cilindradas terão sua base de imposto mantida em 3% até 31 de março do próximo ano. Para os veículos com motorização superior permanece o esquema anunciado pelo governo de sobreposição de tributos por período. Ou seja, até janeiro os carros movidos a gasolina de até mil cilindradas voltarão ao imposto de 7% que valia antes da crise.
Para os carros flex acima de duas mil cilindradas também permanece a base de alíquota vigente, atualmente em 7,5% de IPI. Os outros veículos 1.0 ou com motorização acima disso movidos a gasolina não tiveram redução prorrogada. Portanto, voltam para os patamares de antes da crise, conforme havia anunciado anteriormente o governo.
Sustentabilidade
"O que estamos fazendo são medidas semelhantes às adotadas à indústria de eletrodoméstico, que beneficiavam o menor consumo de energia e a sustentabilidade", disse Guido Mantega. O ministro também anunciou que a redução total de imposto para caminhões valerá até 30 de junho de 2010, fazendo com que haja uma renovação gradual da frota. Segundo o ministro a idade média dos caminhões em circulação no Brasil hoje é de 18 anos.
Grupo
Guido Mantega também explicou que o governo irá montar um grupo de trabalho para analisar e propor medidas de incentivo à produção e utilização sustentável do carro no Brasil. Participarão do grupo os ministérios da Ciência e Tecnologia; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e do Meio Ambiente.