Economia

Meirelles diz que expansão do crédito é positiva mas recomenda atenção aos riscos

postado em 25/11/2009 17:15

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (25/11) que, embora a expansão do crédito seja positiva para o país, é importante estar atento aos critérios que as instituições financeiras devem obedecer para manter padrões sólidos de risco. Segundo ele, isso significa que, ao liberar os recursos, o banco deve estar atento aos volumes e prazos dentro de condições que empresas e pessoas possam honrar os compromissos.
[SAIBAMAIS];Portanto, a boa gestão de risco é fundamental. Que os bancos constituam provisões e reservas de liquidez adequadas, e com índice de
capitalização adequados. O Banco Central está atento a tudo isso;, afirmou. Meirelles garantiu, porém, que o Brasil não tem ;bolha de crédito;, que é quando há um comportamento exagerado do mercado, que se prova
insustentável. Para ele, essa "bolha", sim, pode provocar o que ocorreu nos Estados Unidos, gerando a crise que depois se alastrou pelo mundo.
;Estouro de bolha de crédito leva a crises gravíssimas. Outras são deletérias.;
Ao endossar afirmação do chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel de, que no Natal os consumidores devem pagar as
menores taxas da série histórica da instituição, iniciada em 1994, Meirelles disse que de fato haverá crédito disponível em condições melhores ainda deste Natal, que este ano deverá ser excelente também devido ao aumento da renda, do emprego e da massa salarial.
;O Brasil tem condições de expandir o crédito mais ainda, e a tendência dos juros é de queda;, afirmou Meirelles.
Para ele, o Brasil já superou a crise provocada após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, que gerou uma ;onda mundial de contração da economia no quarto trimestre do ano passado, mas existe uma preocupação, que não é só do país, mas do mundo todo, para o que se chama de recaída americana. De qualquer forma, segundo ele, o Brasil está preparado, embora nenhum país esteja imune às crises, pois mantém condições econômicas sólidas, que permitiram enfrentar a crise, cujos reflexos foram sentidos no final de 2008, além de desenvolver ;um arsenal de medidas; para isso.
;Se houver outro problema, se vier ocorrer essa recaída [na economia americana] e atingir o Brasil, será de forma diferente e acredito que o país está preparado para lidar com isso;, afirmou.


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