Agência France-Presse
postado em 27/11/2009 09:11
As Bolsas mundiais operam nesta sexta-feira (27/11) pelo segundo dia consecutivo com fortes baixas devido às preocupações causadas pelas dificuldades financeiras de uma importante empresa estatal do Emirado de Dubai, que ameaça suspender o pagamento de suas dívidas.
[SAIBAMAIS]Os mercados europeus abriram em baixa, mas, no meio da manhã, suas transações se moderaram. Londres registrava 0,34%, Frankfurt 0,65%, Paris 0,54% e Madri 0,69%, depois de, na véspera, sofrerem duras perdas (de 3,18% em Londres, 3,41% em Paris, 3,25% em Frankfurt e 2,58% em Madri.
A queda também arrastou na quinta as bolsas latinas, que fecharam com perdas 2,25% em São Paulo, 2,92% no México e 4,28% em Buenos Aires.
Todas as atenções se voltam agora para Wall Street, que na quinta-feira não pôde reagir à situação porque estava fehcada pelo ferido do Dia de Ação de Graças.
As bolsas da Ásia sofreram baixas expressivas por causa da situação. Tóquio encerrou a sessão em forte baixa de 3,22%. O índice Nikkei perdeu 301,72 pontos, a 9.081,52 unidades, em consequência dos temores sobre de Dubai e também da valorização do iene em relação ao dólar. O índice ampliado Topix cedeu 18,55 pontos (-2,24%), a 811,01 unidades.
Em Hong Kong o tombo foi ainda maior, com a queda de 4,84%. O índice Hang Seng perdeu 1.075,91 pontos, a 21.134,50 unidade.
Outros mercados importantes também foram afetados: Xangai perdeu 2,36% e Seul recuou 4,69%.
Os investidores buscam uma saída desde que na quarta-feira transcendeu a informação de que o conglormerado estatal Dubai World, o maior do emirado, com uma dívida calculada em 59 bilhões de dólares, havia pedido uma moratória dos pagamentos de seis meses.
Mas nos Emirados Árabes Unidos, a imprensa considera que as dificuldades financeiras de Dubai foram exageradas pelos mercados financeiros.
"Reações exageradas dos mercados europeus às notícias de Dubai", destaca o jornal econômico de Abu Dhabi, Alrroya Aleqtissadiya.
Para o jornal, os mercados reagiram de maneira muito negativa ao anúncio de Dubai, quando permaneceram impassíveis diante dos números negativos do emprego na Europa e Estados Unidos.
O Gulf News de Dubai afirma que não se deve exagerar nem subestimar a situação atual, insistindo na "transparência" da medida adotada por Dubai e em estreita colaboração com o sócio, o rico emirado petroleiro de Abu Dhabi.
O jornal informa que o governo de Dubai tem uma "estratégia para enfrentar a situação" em cooperação com Abu Dhabi e que os cinco bilhões de dólares de bônus do Tesouro assinados por dois bancos de Abu Dhabi integram a mesma.