BRUXELAS - Os países da União Europeia (UE) decidiram manter em vigor por nove meses o acesso dos Estados Unidos aos dados bancários dos cidadãos europeus, depois que foram superadas as dúvidas de Alemanha e Áustria.
A decisão foi tomada durante uma reunião de ministros europeus do Interior em Bruxelas, segundo uma fonte diplomática.
O anúncio era muito aguardado pelas autoridades americanas, que temiam, no caso de rejeição, consequências negativas para a luta contra o financiamento do terrorismo no mundo.
O acordo diz respeito ao acesso dos Estados Unidos ao organismo interbancário Swift, sociedade privada com sede perto de Bruxelas que analisa os fluxos financeiros de 8.000 bancos no mundo e que vai transferir todos os dados para Amsterdã (Holanda).
A autorização foi objeto de uma difícil negociação, em consequência das inquietações de vários países europeus, e do Parlamento Europeu, sobre a proteção de dados pessoais de seus cidadãos.
Para superar estas reticências, foi reduzido o campo de dados bancários a que as autoridade americanas terão acesso.
A Alemanha também insistia em limitar a duração do acordo temporário a seis meses, e não aos 12 previstos inicialmente. Finalmente, este prazo se fixou en nove meses.