postado em 03/12/2009 08:00
O processo de evolução dos motores automotivos deu um verdadeiro salto nas duas últimas décadas. O gerenciamento eletrônico teve, sem dúvida, um papel muito importante nesse pulo tecnológico. Mas talvez o personagem principal da história seja o óleo lubrificante, que passou a ser fundamental para que os novos projetos, que extraÃam cada vez mais potência dos motores, ao mesmo tempo em que garantiam durabilidade ainda maior que os anteriores, conseguissem seus objetivos.
"O óleo é a alma do motor", define o professor Gurgel. Segundo ele, o carro sobrevive a praticamente todos os problemas, exceto à falta de óleo. Trocá-lo é rápido, simples e barato. Vale lembrar que não adianta apenas completar o nÃvel, é preciso substituÃ-lo por completo, trocando também o filtro.
O óleo (1) tem um papel fundamental para o motor: além de lubrificar as partes internas (pistões, bielas e eixo virabrequim), para reduzir ao mÃnimo possÃvel o desgaste interno por atrito, ele também tem a função de esfriar os componentes mais quentes, manter o motor livre de depósitos e vedar o segmentos e válvulas contra a eventual passagem de gases resultantes da combustão.
[SAIBAMAIS]Já o filtro de ar deve ser trocado com a regularidade preconizada pelo fabricante. Um filtro sujo - principalmente em carros que rodam muito por estradas de barro - acarretam um maior consumo de combustÃvel. Além disso, é bom checar se não há nenhuma peça solta no percurso feito pelo ar e verificar se ele está passando pelos lugares corretamente.
Com o filtro de combustÃvel, troque-o conforme orientação do manual. Se não estiver limpo, o gasto com consumo será alto. Recomenda-se a verificação a cada 10 ou 15 mil quilômetros. Além disso, a bomba do combustÃvel também precisa ser checada, pois, para ela, não há um prazo de validade determinado. Pode durar muito ou parar de funcionar de repente. E é uma peça cara.
Já com relação à água de refrigeração, quando começa a aparecer a oxidação, é preciso trocá-la e fazer a limpeza do sistema (em oficinas especializadas), com um tipo de detergente próprio. Além disso, o motorista deve verificar o nÃvel da água no reservatório, para assegurar que o motor trabalhe na temperatura correta e não gere um maior consumo de combustÃvel. A mudança dessa temperatura pode ocasionar ainda um dano maior ao motor. Importante: nunca abra o reservatório com o motor quente, sob o risco de se ferir com o vapor.
O engenheiro José Roberto alerta para outros cuidados importantes, como a correia dentada, que deve ser trocada dentro do prazo, para não arrebentar e danificar válvulas. Outro conselho é não realizar nenhum tipo de preparação (troca de chip da central eletrônica, rebaixamento de cabeçote etc.), pois o veneno certamente comprometerá a durabilidade do motor.
1 - Mineral ou sintético?
O proprietário pode optar por óleos de base mineral, em vez dos sintéticos (muitas vezes colocados como única opção pelo livreto), desde que respeite as especificações técnicas. Se recomendou, por exemplo, óleo do tipo SAE 10W-40, coloque SAE 10W-40. Não mude, pois óleo errado pode fundir o motor.
*Colaborou Eduardo Aquino, do Estado de Minas